Cinco ônibus da viação Goretti Irmãos Ltda (Gil) foram apreendidos no último fim de semana em Juiz de Fora, mediante determinação da Justiça, por alegada falta de pagamento de parcelas referentes à compra dos veículos, ano 2016. Integrante do Consórcio Manchester, a empresa confirmou a apreensão, mas afirmou que seu departamento jurídico “já está contestando os cálculos e espera reverter a situação nas próximas horas”. A Gil acrescentou que, apesar de cinco carros terem sido retirados de circulação, não houve qualquer transtorno para os usuários, já que a viação possui frota reserva, que garante a sua operação e o cumprimento de todo o cronograma de horários.
A assessoria da Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) corroborou que o transporte coletivo urbano não foi comprometido. “A fiscalização acompanha rotineiramente e, até o momento, não tem nenhum serviço prejudicado. Está sendo feito atendimento normal nos bairros”. A Settra destacou que o pagamento das parcelas não compete, em nada, à secretaria.
Esse não foi o primeiro imbróglio financeiro envolvendo a viação Gil. Em maio do ano passado, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro) promoveu uma paralisação relâmpago na garagem da empresa, durante a madrugada, por suposto atraso no depósito do FGTS e no pagamento do INSS dos cobradores e motoristas da empresa. Na época, a firma negou que estivesse em débito com os colaboradores e classificou a ação do sindicato como “abusiva”. A representação da categoria apontou, naquela ocasião, que mais de 800 profissionais estariam sendo afetados pelo descumprimento da lei trabalhista, porque o FGTS – que corresponde a 8% do salário e deve ser depositado mensalmente – não estaria sendo pago desde meados de 2018. A empresa, entretanto, garantiu que não havia qualquer atraso nos pagamentos e que situação do FGTS já havia sido regularizada.
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
