Lojistas pedem saída de Juiz de Fora do Minas Consciente

Lojistas de Juiz de Fora se reuniram na manhã desta segunda-feira (18), na região central, para manifestar contra o fechamento do comércio, após nova regressão para a onda vermelha do Minas Consciente. Durante o ato, os manifestantes solicitaram a saída do município do programa estadual e falaram da possibilidade de “desobediência civil”, caso as atividades não sejam retomadas em até dois dias. O protesto se iniciou na Rua Halfeld, por volta de 10h. Em seguida, os lojistas se dirigiram até a Câmara Municipal, onde foram recebidos pelos vereadores Juraci Scheffer (PT) e Maurício Delgado (DEM).

Lojistas percorreram ruas e avenidas da região central na manhã desta segunda-feira (Foto: Leticya Bernadete)

De acordo com um dos organizadores do ato e proprietário de três lojas na cidade, Jeferson Santos, o setor está tendo consequências com os fechamentos consecutivos. No final de dezembro, a cidade havia retornado para a Onda Vermelha do Minas Consciente, entretanto, avançou novamente para a Amarela no dia 9 de janeiro. Na semana passada, o Governo de Minas orientou que a microrregião, que compreende Juiz de Fora, Lima Duarte, Bicas e São João Nepomuceno, retornasse à faixa mais restritiva do programa, após a constatação do crescimento de casos e óbitos pela doença em Minas. O novo decreto sobre a Onda Vermelha entrou em vigor nesta segunda.

“As medidas sanitárias que deveriam ter sido tomadas lá atrás, não foram tomadas. Nesse momento, podemos observar as lotéricas lotadas, os bancos lotados, as filas de pagamento lotadas, inclusive daPrefeitura (Espaço Cidadão). E o comércio, mais uma vez, pagando o pato de uma conta que não é dele”, diz Santos. Para os lojistas, o decreto da Onda Vermelha é “seletivo”, visto que alguns estabelecimentos têm autorização para funcionar e outros, não. “Lockdown ou é para todos, ou é para ninguém, porque é isso que está acontecendo: uma loja aberta, outra fechada.”

Saída do Minas Consciente

Ainda conforme o organizador da manifestação, as decisões que vêm do Comitê Estadual de enfrentamento à Covid-19 não seriam baseadas na realidade juiz-forana. Desta forma, os lojistas pedem a saída da cidade do Minas Consciente. “Entendemos que a prefeita Margarida não pode sair do Minas Consciente porque se não ela perde leitos cedidos pelo Estado. Sabemos que é uma decisão difícil, porém, em determinadas horas, o líder de uma cidade tem que ter firmeza nas suas decisões”, diz.

A preocupação do setor é com o encerramento de atividades dos estabelecimentos por não conseguirem se manter enquanto estiverem fechados. “Nesse momento, se for necessário, que ela (Margarida) saia do Minas Consciente para que Juiz de Fora não entre em um colapso, porque o que vai acontecer é isso, é um colapso do comércio. Daqui a 20 dias, nós estaremos assistindo empresas fechando suas portas e muitos desempregos.”

Ao caminharem com o ato para a Câmara Municipal, os lojistas foram atendidos pelos vereadores Juraci Scheffer (PT) e Maurício Delgado (DEM). Eles se solidarizaram com os manifestantes e se comprometeram a contactar a Prefeitura de Juiz de Fora.

A Tribuna também solicitou um posicionamento à administração municipal e aguarda retorno.

A reportagem está em atualização.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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