Marcha da maconha reúne manifestantes em JF

Objetivo era reivindicar os direitos individuais dos cidadãos e abordar pautas como a luta pela descriminalização do uso recreativo e medicinal da Cannabis (Foto: Barbara Landim)

O Parque Halfeld foi palco, nesta sexta-feira (31), da marcha pela descriminalização do uso da maconha. Os manifestantes da Marcha da Maconha se concentraram em frente à Câmara Municipal e saíram pelas ruas do Centro em direção à Praça Antônio Carlos. O ato teve início às 16h20 e terminou por volta das 19h. Cerca de cem ativistas, segundo a organização, saíram às ruas em defesa da legalização. O objetivo era reivindicar os direitos individuais dos cidadãos e abordar pautas como a luta pela descriminalização do uso recreativo e medicinal da Cannabis Sativa (especialmente para casos de câncer, HIV, epilepsia, Parkinson e esclerose múltipla) e o fim da guerra às drogas.

Munidos de cartazes, máscaras com o desenho da folha da cannabis e adereços, o grupo passou pela Avenida Barão do Rio Branco e pela Getúlio Vargas até chegar à Praça Antônio Carlos. Reproduzindo o movimento, que, do Canadá, ganhou o mundo em 2011, os manifestantes reuniram pessoas das mais variadas idades e, no discurso, reivindicaram respeito e uma legislação mais justa com relação aos temas propostos. “A criminalização não traz nenhum benefício, muito pelo contrário, só malefícios. Inclusive, cria o tráfico de drogas. A legalização não encerra por aí, mas esse é o primeiro passo para conseguir o que queremos”, afirmou um dos organizadores da marcha, Douglas Lopes.

O tema desta edição foi “4 armas não, 4 pés na plantação”, e faz alusão ao decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que facilitou o porte de arma para mais categorias. “Entendemos que a maconha é uma planta que não mata ninguém, ao contrário das armas. É preciso que desmistifiquem o que se sabe e fala sobre a maconha, tabus que foram criados para criminalizar esse comportamento. Falta informação e estudos para que as pessoas entendam o que realmente é a planta”, finaliza o jovem, lembrando que um levantamento sobre o uso de drogas pela população brasileira, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a pedido do Ministério da Justiça, foi censurado.

O Ministério não concorda com a metodologia utilizada e afirma que só autorizará a publicação se houver mudança no título da pesquisa e se o nome da pasta não for citado. Já a Fiocruz afirma que cumpriu todas as exigências do edital. “A gente quer entender o porquê de um governo que barrar a ciência, principalmente quando se trata de saúde”, questionou. A Polícia Militar acompanhou o ato.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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