Morreu, na manhã desta sábado (15), o padre Antônio Pereira Gaio. O sacerdote de 88 anos havia descoberto tumores no pâncreas e no fígado há menos de um mês, segundo informações da Arquidiocese de Juiz de Fora. Em razão da pandemia, o velório de “Padre Gaio”, como era conhecido, será restrito aos familiares.
O sacerdote nasceu em Juiz de Fora e foi ordenado diácono permanente em 1984. Após o falecimento da esposa, foi ordenado sacerdote pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, em 2010.
Padre Gaio era Vigário paroquial da Catedral Metropolitana mas, antes, passou por outras diversas paróquias, como a do Bom Pastor, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora Mãe de Deus.
“Levamos aos familiares nossos sentimentos de pesar e agradecemos a Deus pelo seu sacerdócio vivido de forma exemplar em nossa Igreja juiz-forana”, disse Dom Gil, em mensagem veiculada pela Arquidiocese na tarde deste sábado.
Homenagens
Em decorrência do falecimento, as missas deste fim de semana nas paróquias vinculadas à Arquidiocese serão oferecidas em intenção ao Padre Gaio. No domingo (16), a missa de 10h da Catedral será presidida pelo arcebispo Dom Gil, em celebração ao sufrágio da alma de Antônio Pereira Gaio. A reunião religiosa será transmitida pelo Youtube da WebTV “A Voz Católica” , pelo Facebook da Arquidiocese e pela Rádio Catedral 102.3 FM.
“Celebro cada missa com uma alegria contagiante”
Em entrevista à Tribuna em 2015, Padre Gaio relembrou a perda da esposa e a incursão na vida sacerdotal. “Fui casado durante 52 anos com minha Miryam. Tivemos cinco filhos. O primeiro já foi para o céu, junto dela, e os outros estão aí, muito bem estabelecidos. Aposentei-me muito cedo, como professor do curso de letras da universidade, aos 50. Fiquei meio perdido e resolvi procurar o bispo para me oferecer a trabalhar na igreja”, recordou.
Na carreira como professor, ele passou pela escola Sebastião Patrus de Sousa e pelo Colégio Academia, além de ministrar disciplinas de língua latina e portuguesa na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Expressando toda a sua religiosidade, Padre Gaio passou a educar de outra forma. “Celebro cada missa com uma alegria contagiante, como se fosse a primeira. Esforço-me dentro da minha pequenez, das minhas falhas, das minhas ineficácias. Vontade de anunciar Jesus nunca me falta”.
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
