Morre o músico e professor Marquinho 66, aos 56 anos

Marcos Marliere, o Marquinho 66, era músico e, como professor, formou diversos guitarristas da cena local (Foto: Reprodução/Facebook)

O guitarrista e professor Marcos Marliere, também conhecido por parte de classe artística como Marquinho 66, morreu na noite de domingo para segunda-feira (4), aos 56 anos, no Hospital Maternidade Santa Terezinha, em Juiz de Fora, após sofrer três infartos. De acordo com informações da família, houve apenas um rápido velório com a presença da filha Bruna e do genro Thiago, e o corpo foi cremado ainda na tarde desta segunda. Entre os pontos marcantes de sua carreira, estão a participação na banda Patrulha66 e a criação, com Adriano Polisseni, do Festival de Bandas Novas.

Segundo um amigo do músico, que preferiu não ser identificado, Marcos passou por uma primeira internação na mesma unidade de saúde há cerca de dois meses, quando foram diagnosticados uma diverticulite e três abcessos, sendo dois no fígado e um no intestino. Ainda de acordo com o amigo de Marquinho 66, ele voltou a ser internado há duas semanas para novos exames, e foi decidido na ocasião que ele ficaria na unidade para a realização das cirurgias, num total de três, que aconteceram na última semana.

“Ele era um grande amigo, costumávamos conversar todo dia. A última vez foi na sexta-feira, e hoje de manhã recebo essa notícia da passagem. Estou sem chão”, conta. “O Marquinho representou muito para a música de Juiz de Fora e para mim, 80% dessa galera da música tiveram algum tipo de contato com ele. Foi ainda meu primeiro professor de guitarra.”

Carreira musical
Dentre as várias bandas em que tocou, como Víbora, Baton de Miss e Rollbeck, Marcos Marliere era conhecido por muitos por conta de suas várias passagens pela Patrulha66, que lhe valeram o apelido Marquinho 66, dividindo o palco em várias ocasiões com o vocalista e guitarrista Adriano Polisseni, o Adriano 66.

“Não mantínhamos o mesmo contato de antes, mas ele enviou um vídeo para mim há pouco tempo, contou que havia ficado internado e precisava de um fisioterapeuta. Mas como estou afastado do serviço por estar no grupo de risco do coronavírus, enviei alguns exercícios que ele poderia usar. Depois, na semana passada, ligou para contar que havia passado pelas cirurgias, mandou outro vídeo, estava muito otimista”, conta Adriano. “Quando liguei esta manhã para saber notícias, ninguém atendeu, fiquei sabendo por um amigo. Estranhamos porque ele nunca teve nada, sempre gozava a gente por causa disso. Eu conheço o Marquinho há quase 50 anos, ele nunca ficou doente; fomos criados com ele inteiro, foi experimentar essa situação logo agora”, lamenta.

De acordo com Adriano 66, Marcos tocou com a Patrulha66 em várias fases da banda. A primeira foi em 1985, durante um ano, substituindo outro guitarrista, e deixou a Patrulha para montar a Baton de Miss. “Depois voltou com a gente de 1989 a 1991, voltou em 1998 e ficou até 2007. Ele criou comigo o Festival de Bandas Novas, e organizamos juntos até 2007. Aí foi estudar, abriu a escola de guitarra… de vez em quando trocávamos ideia no conservatório. Ele deixou uma obra importante, pena que foi embora tão cedo.”

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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