Morte de motorista de aplicativo passa a ser investigada como tentativa de latrocínio

Arma utilizada no crime foi apresentada pela polícia nesta quarta-feira (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (13) a arma utilizada no assassinato do motorista de aplicativo Edson Fernandes Carvalho, 21  anos, morto com um tiro na cabeça na noite da última sexta-feira (8), em Juiz de Fora, na Rua Todos os Santos, no Bairro Santos Anjos, Zona Sudeste. Durante entrevista coletiva concedida nesta tarde, pelo titular da Delegacia Especializada em Homicídios, Rodrigo Rolli, a polícia apresentou uma nova linha de investigação, que passa a tratar o episódio como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. “Dois adolescentes de 15 e 17 anos participaram efetivamente do crime. Eles teriam tentado roubar o veículo de Edson e, com o carro, seguiriam para o bairro vizinho, o Santa Cândida. Os dois adolescentes, a mando de outros dois, tentaram subtrair um veículo a ser utilizado para adentrar no bairro que eles intitulam como inimigos. Caso conseguissem êxito, iriam fazer uma ação delituosa contra os adversários do tráfico”, disse Rolli, lembrando que, mais uma vez, o tráfico de drogas é o pano de fundo para a maior parte das mortes violentas em Juiz de Fora.

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Conforme as apurações, o jovem de 15 anos, que estava na companhia de seu comparsa de 16, foi o responsável por apertar o gatilho contra a vítima. “Foi uma ação tão inesperada que ambos não fugiram juntos e cada um foi para um lado”, afirmou Rolli. Ainda conforme o delegado, será solicitado o acautelamento dos dois adolescentes junto à Vara da Infância e da Juventude. A respeito dos dois jovens que teriam participação indireta no crime, um deles, 19, foi preso em flagrante e o outro, 18, ainda será ouvido para apurar sua participação na tentativa de latrocínio.

Mudança na linha de investigação

A mudança na linha de investigação ocorreu após depoimentos dos suspeitos. Na tarde desta terça-feira, o infrator mais novo havia informado que ele e o companheiro estavam fazendo uso de maconha, quando receberam uma mensagem via WhatsApp, avisando que havia “um pessoal” do Bairro São Benedito querendo matá-los, à procura deles em um carro semelhante ao do motorista de aplicativo. Entretanto, o delegado já havia notado incongruências na versão apresentada pelo adolescente, uma vez que a pessoa apontada por ele como comparsa encontra-se presa no sistema prisional da cidade.

Sobre o passageiro que estava no veículo no dia do crime, que também seria ouvido na terça, Rolli explicou que não foi possível, pois ele se encontra hospitalizado.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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