Motoristas de app reivindicam ‘tolerância’ com embarques e desembarques

Representantes da Associação de Motoristas de Aplicativo de Juiz de Fora (Amoaplic) e da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) se reuniram, na tarde desta terça-feira (13), para discutir sobre a política de fiscalização da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra). A categoria, cuja prestação de serviços ainda carece de regulamentação no Município, reivindica menor rigor dos agentes de trânsito na aplicação de multas durante embarques e desembarques em pontos irregulares. Inclusive, como informado à Tribuna pelo vice-presidente da Amoaplic, Sóstenes Josué, os motoristas de aplicativo ensaiam fazer uma carreata para protestar contra as penalidades, que, conforme Sóstenes, “estão aumentando nos últimos meses”. Contudo, ainda não há data para a mobilização, uma vez que ainda há a necessidade de um consenso. Um encontro nesta quarta entre membros da diretoria da Amoaplic deve bater o martelo sobre a realização ou não da manifestação.

De acordo com Sóstenes Josué, a carreata é um desejo dos próprios motoristas de aplicativo diante da insatisfação com a política de fiscalização da Settra. “A PJF está pegando mais pesado nas ações de fiscalização. Apresentamos as demandas da categoria, porque, no nosso entendimento, a cidade ainda não foi preparada para a prática do nosso serviço. Logo, entendemos que não tem como cobrar os motoristas. (…) Ficamos satisfeitos que eles nos ouviram e nos deram razão em alguns pontos. Não tivemos nenhuma promessa, mas ao menos sentimos que fomos ouvidos. Não nos deram nenhum prazo (para apresentar alternativas), mas a gente também não pediu.” Sóstenes acrescenta que a tendência é que a carreata seja realizada ainda nesta semana, “em um horário que não seja o de pico, como às 9h”, justamente para não prejudicar as corridas dos motoristas de aplicativo.

Conforme o vice-presidente da associação, os trabalhadores pedem mais tolerância com a aplicação de multa nos casos de embarques e desembarques em pontos considerados irregulares pela Settra. “A conta não fecha. Os motoristas trabalham em torno de 12 horas por dia para levar R$ 100 para casa. Uma multa aplicada no Parque Halfeld, por exemplo, é de R$ 880. Se as pessoas ficarem uma hora ali, vão ver que não tem como subir nas pedrinhas (da calçada). Precisamos mostrar para a Settra que deve haver uma certa tolerância. Não estou pedindo para (os agentes de trânsito) fecharem os olhos, mas, sim, para terem tolerância. Imagina se um motorista sai para trabalhar todo dia e recebe uma multa?” De acordo com a Settra, o valor da infração aplicada caso o veículo seja estacionado no passeio é de R$ 195,23. Já se transitar sobre o passeio, o valor da multa é de R$ 880,41.

Os representantes da Amoaplic foram recebidos pela subsecretária Operacional de Transporte e Trânsito, Silvania Mendes dos Santos, e pelo gerente do Departamento de Fiscalização de Transporte e Trânsito, Paulo Peron Júnior. Em nota, a Settra confirmou à Tribuna o teor da reunião. “A Settra realizou na manhã desta terça reunião com representantes da Amoaplic para explicar como funciona a política de fiscalização de trânsito, baseada no Código Nacional de Trânsito Brasileiro. O gerente de Fiscalização de Transporte e Trânsito, Paulo Peron, explicou a forma de fiscalização dos agentes e o cumprimento da lei.”

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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