Novas regras para templos religiosos são questionadas por Dom Gil

As novas regras impostas às celebrações religiosas e ao funcionamento de igrejas, salões e templos foram questionadas pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. Nesta terça-feira (8), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) publicou a resolução nº 004, que define novas restrições, como a lotação máxima de 20% da capacidade dos locais e o tempo de até 45 minutos para cultos, missas e cerimônias.

As determinações foram anunciadas na última sexta, após reunião extraordinária do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, e entram em vigor com a publicação do documento. No sábado, Dom Gil reagiu à decisão do Executivo. “Incompreensível por que praças comerciais de alimentos podem funcionar com 50% de sua capacidade de fregueses, sem restrição de horários, e as igrejas, que são lugares muito mais seguros, que cuidam com muito mais rigor do distanciamento, uso de máscara, higienização das mãos repetidas vezes numa única celebração, tapetes químicos e medição de temperatura, devem funcionar apenas com 20% do espaço e restringir suas celebrações.”

Ele pontuou, ainda, que dezembro é o período de celebração do Natal, “a segunda mais importante liturgia do ano”.

No último dia 1º de dezembro, o arcebispo definiu pela suspensão temporária de participação presencial em celebrações e de realização de sacramentos. As medidas valem até 15 de dezembro. A decisão foi tomada em decorrência do aumento do número de casos de Covid-19 na cidade e na região.

‘Não vamos criar qualquer problema ou objeção´

De acordo o presidente do Conselho de Pastores de Juiz de Fora, o pastor Charles Marçal os cultos devem continuar a ser feitos com todos os cuidados. “Não vamos criar qualquer problema ou objeção. Somos sempre a favor da vida.” Segundo Marçal, a nova determinação não altera o que já vinha sendo feito nas igrejas. “Não vai mudar muita coisa, porque mesmo com a norma de 20%, aumentamos o número de cultos. A maioria dos pastores está fazendo de três a seis cultos por dia. Geralmente, não chegamos a ter número suficiente de presentes para ultrapassar esse limite.”

Ele exemplifica com um exemplo próprio. A igreja na qual ele trabalha, costuma ficar entre 10% e 15% de ocupação. “Além disso, as pessoas também estão se precavendo, com o uso de máscara e todos os outros protocolos. Os idosos já não estavam comparecendo, assim como as crianças. O grupo que se arrisca ir em nome da fé, tem se precavido.” Ele ainda reforça que, nas igrejas, o distanciamento é respeitado, assim como as demais regras. “Não altera muito, estamos aqui para contribuir. O que pudermos fazer, vamos fazer.”

Arcebispo Metropolitano afirmou ser “incompreensível” as restrições sobre número de fiéis e duração das celebrações no período de Natal

Resolução

A nova resolução instituída pela PJF não possui prazo determinado de vigência. Além do número de fiéis e duração das celebrações religiosas, o documento determina que a disponibilização de assentos seja feita de forma alternada entre as fileiras dos bancos, respeitando o distanciamento físico de dois metros entre os presentes.

Também é necessário demarcar o chão no lado externo, para evitar aglomeração em caso de filas; assegurar o uso de máscaras; e disponibilizar álcool em gel. Também é estabelecido que atendimentos individuais sejam agendados e, no caso de fiéis que integram o grupo de risco da doença, a prioridade deve ser o atendimento domiciliar.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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