Obra de muro entre Fórum da Cultura e Escola Delfim Moreira tem início

Muro que divide o Fórum da Cultura (Foto: Fernando Priamo)

As obras de recuperação do muro que divide o Fórum da Cultura e a Escola Estadual Delfim Moreira, localizada na esquina das ruas Santo Antônio e Fernando Lobo, no Centro, tiveram início na semana passada. A estrutura causou preocupação em fevereiro, devido ao aparecimento de rachaduras e trincas na parede, que levaram à interdição parcial do Fórum. A intervenção, que é realizada em parceria público-privada entre a Universidade e os proprietários do imóvel onde funciona o colégio, tem previsão de término em até 45 dias e não deve interferir no funcionamento da instituição de ensino após a volta do período de férias.

A interdição parcial do Fórum da Cultura se deu em fevereiro, quando funcionários do casarão expressaram preocupação com as danificações na divisa entre o prédio histórico e a escola estadual. Após diversas verificações da Pró-Reitoria de Infraestrutura e Gestão (Proinfra) da UFJF, foi anunciada a paralisação parcial, defendendo a necessidade de obras de recuperação do muro. A degradação teria sido causada por danos na rede de captação de água pluvial tanto do Fórum quanto do colégio. A rede também está obstruída nos dois imóveis.

Após discussões conjuntas entre as instituições afetadas, as obras foram autorizadas pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac) – o Fórum da Cultura é tombado desde 1995. O projeto de recuperação foi assinado pela Cotral Fundações, em parceria com a Proinfra, e será feito em quatro etapas, sendo as duas primeiras de responsabilidade da empresa, e as demais, da pró-reitoria.

Também foi destacado pela Universidade o método escolhido para a realização das obras, que é o chamado de grelha atirantada. O modo permite que a intervenção seja feita com pouco maquinário e em um local com pouco espaço, como é o caso do muro a ser recuperado. A escolha pelo método se deu pela Cotral Fundações e foi apoiada pela Proinfra.

Retorno à normalidade do Fórum da Cultura

Durante o período, o Fórum da Cultura, que tem estrutura para receber até 200 pessoas, manteve a Galeria de Arte em funcionamento normal, mas houve a paralisação do funcionamento do Museu de Cultura Popular e também o deslocamento do Coral da UFJF, que utilizava a estrutura para seus ensaios, além da interdição do anfiteatro onde o Grupo Divulgação apresenta seus espetáculos. Após as obras, no entanto, a previsão é de que a interdição seja encerrada e as atividades voltem ao normal no casarão. “A Universidade está acompanhando e supervisionando as obras, e quando encerrarem, a interdição parcial também termina”, afirma o diretor do Fórum, Flávio Lins, destacando também que a estrutura do Fórum em si não tem qualquer problema, que se restringe ao muro danificado.

Escola Estadual Delfim Moreira

Principal local afetado, a Escola Estadual Delfim Moreira não teve grandes prejuízos no funcionamento durante os cinco meses de cuidados especiais com o muro, de acordo com a diretora Letícia Natalino. Somente uma sala de aula e um banheiro foram interditados, sem grandes transtornos para o cotidiano da instituição. “Interditei uma sala, mas não era por risco de cair, era por possíveis barulhos na estrutura. A Defesa Civil havia falado que não tinha risco de desabamento, mas eu fiquei ansiosa pela possibilidade de um barulho acabar assustando os estudantes. Também interditamos o banheiro masculino, que é encostado no muro, e os meninos estão usando o de deficientes”, conta a diretora.

Conforme Letícia, a conversação entre os órgãos da Universidade e a empresa detentora do imóvel foi frequente e satisfatória durante o período. Também de acordo com a diretora, o período escolhido para o início das obras, entre o recesso escolar de duas semanas, foi o ideal para diminuir o período de transtornos causados pelas intervenções. “Foi ótimo ter começado agora durante o período de férias, por causa do barulho e da poeira também, transtorno normal de obra. Como não estamos usando a sala próxima ao muro, o barulho não deve atrapalhar tanto”, destaca. Entre os dias 13 e 28 de julho, a escola funciona apenas com atividades administrativas.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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