Padre Pierre nega aglomeração após carreata em JF

O padre Pierre Maurício de Almeida Cantarino considerou “equivocada” a declaração de que a carreata de celebração à Nossa Senhora do Impossível, realizada no último dia 17, teria causado aglomeração em frente à Igreja São José. Em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora nesta terça-feira (26), o pároco da Paróquia São José, do Bairro Costa Carvalho, Zona Leste, afirmou que não teria descido do carro carregando a imagem de Nossa Senhora do Impossível após a chegada da procissão à igreja. O evento levou a PJF a notificar a Arquidiocese de Juiz de Fora na última sexta (22), medida que foi comentada pelo secretário de Comunicação da PJF, Márcio Guerra, também em entrevista à Rádio CBN na segunda-feira (25).

Conforme o padre Pierre, ele teria chegado à Igreja de São José às 19h15, quando, então, dirigiu-se diretamente à celebração da missa. “Eu não estava presente nem na chegada da imagem. Segundo o secretário, pautado no relato de um agente público, eu teria descido com a imagem, mas não há como apenas uma pessoa descer com a imagem, porque ela é pesadíssima. A imagem estava amarrada a uma berlinda. Quem me acompanha sabe do que estou dizendo. Quando a imagem chega, não há descida. Ela permanece na berlinda. Infelizmente, foi um grande equívoco por parte da Prefeitura, que não usou da verdade, por ‘n’ questões.”

O pároco acrescentou que nas próprias celebrações à Nossa Senhora do Impossível nos últimos anos, a imagem teria permanecido na berlinda. “Todas as pessoas que me acompanham, que conhecem o meu trabalho – não é o primeiro ano que realizamos a festa de Nossa Senhora do Impossível, inclusive, no ano passado, a fizemos com mais de cinco mil pessoas caminhando unidos à imagem -, vão saber que não existe isso de descer com a imagem. (…) Assim que a imagem chegou à igreja, havia poucas pessoas em volta dela, todas com máscara, tirando fotos etc.”

De acordo com o padre Pierre, o arcebispo da Arquidiocese de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, tem orientado periodicamente os padres a respeitarem as medidas de distanciamento social. “A Igreja defende a vida. Como eu, que sou enfermeiro antes de ser padre, poderia promover alguma coisa que desfavoreça a vida? Eu estou no hospital quase todos os dias. Eu convivo com esse meio, eu escuto, eu sei a seriedade. Infelizmente tivemos pessoas na Paróquia (São José) que foram a óbito devido ao vírus. Não ficamos chateados (com a Prefeitura). Vamos continuar com o nosso trabalho missionário, que é levar paz e esperança para as pessoas.”

Procurada pela Tribuna nesta terça, a PJF preferiu não comentar.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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