PJF autoriza vans escolares no transporte público

A Secretaria de Transportes e Trânsito da Prefeitura de Juiz de Fora (Settra/PJF) confirmou que vans escolares estão autorizadas a transportar passageiros no município durante esta terça-feira (18), como medida paliativa para diminuir o impacto da greve dos trabalhadores rodoviários. A normativa foi publicada pouco antes das 9h no Diário Oficial do município, por meio da Portaria 4218/2020.

Conforme a portaria, a circulação das vans se dará nos mesmos moldes da medida excepcional adotada na última paralisação geral do sistema de transporte público de Juiz de Fora, no dia 23 de julho, com tarifa no mesmo valor da cobrada nos ônibus, R$ 3,75. Na ocasião, cerca de 300 motoristas estavam autorizados a realizar a atividade de forma excepcional, desde que o valor cobrado pelo serviço seja o mesmo praticado atualmente pelos ônibus que integram o sistema de transporte coletivo municipal.

Os veículos do transporte escolar que, emergencialmente, atendem as demandas da população, deverão estar em dia com a vistoria semestral realizada pela Settra, e devem circular com credencial exposta no para-brisa, sob pena de multa de R$ 4.489 em caso de descumprimento. Os veículos podem utilizar as faixas exclusivas para o transporte coletivo urbano e deverão utilizar obrigatoriamente os pontos destinados aos ônibus para o embarque e desembarque de passageiros. O proprietário dos veículos possuem liberdade para definir o próprio itinerário.

Nesta manhã, na Avenida Getúlio Vargas, a Tribuna  flagrou uma van fazendo serviço de transporte coletivo. A linha correspondente é a 436, que faz a linha Linhares. De acordo com o motorista Willian Vieira, a autorização se deu por meio de decreto da PJF, informado via circular. “Nós estamos sem ganho desde o início da pandemia, nossa renda foi cortada e, isso é uma forma de ganho até que a greve termine”, disse. Ele começou a circular durante a manhã e segue até o horário do ônibus.

Passageiros buscam alternativas

A cuidadora Rose Marques era uma das passageiras da van. Ela, que trabalha do Bairro São Mateus, na Zona Sul, seguiu a pé do Centro ao local de trabalho após sair de van do Linhares. “Eu acordei bem mais cedo por conta da greve. Mas fui surpreendida pela van e decidir vir até aqui para não faltar ao trabalho. Mas como não tem nenhuma forma de deslocar até lá, fica mais fácil seguir a pé”, disse ela, não sabendo como faria na volta para casa. Por volta das 9h, em dias normais, o ponto estaria com grande quantidade de passageiros. Nesta terça, apenas uma pessoa estava no local.

Outra forma de se locomover é dividindo a tarifa do táxi. A diarista Adriana Silva seguiu do Bairro Santo Antônio até o Centro rateando o valor com outros passageiros. “Toda vez que tem greve aparece um taxista oferecendo o serviço. Ficou quase o preço da passagem. Mas achei que conseguiria um ônibus para chegar ao Cascatinha”, contou ela, que esperava pelo coletivo por volta das 9h, no ponto de ônibus da Avenida Rio Branco, nas proximidades da Câmara Municipal. No entanto, ela acabou conseguindo contato com a patroa que iria arcar com os custos do transporte por aplicativo.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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