PM desmonta esquema de notas falsas e prende três pessoas

Um esquema de notas falsas que seria comandado por uma organização criminosa de São Paulo, por meio do aplicativo WhatsApp, foi desmantelado pela Polícia Militar em Juiz de Fora. A ação foi desencadeada na noite de terça-feira (3), após o motorista de um carro, 26 anos, ser flagrado com quase R$ 1 mil em cédulas ilegais durante abordagem no Bairro Industrial, Zona Norte. Ele teria admitido fazer parte de uma quadrilha, tendo como função distribuir o dinheiro falsificado na cidade. O homem também receberia o pagamento, que seria levado a duas mulheres, “representantes da organização”. Só na última remessa teriam sido despejados no município R$ 5 mil em notas fabricadas de forma criminosa.

As suspeitas, de 27 e 30 anos, que seriam responsáveis por repassar pelo aplicativo as ordens e os endereços de entrega, foram localizadas em uma casa no Jardim Natal, região Norte, e também presas em flagrante. Durante as diligências, coordenadas pelas equipes do Tático Móvel e do setor de Inteligência da PM, a mulher mais jovem, que estaria aguardando o motorista na porta da residência para receber o dinheiro, teria tentado correr para o interior do imóvel diante da presença da polícia, mas acabou detida junto com sua esposa.

Conforme a PM, o condutor foi interceptado ao levantar suspeita por trafegar com os faróis apagados e demonstrar nervosismo com a aproximação policial. Durante buscas no veículo, foi encontrado um envelope na porta esquerda contendo R$ 960 em cédulas falsas, cuidadosamente embaladas em plástico bolha. As notas não apresentavam algumas marcas de segurança, sendo a fraude logo detectada. O homem também portava uma porção de maconha.

Já na casa das mulheres, a PM conseguiu visualizar, logo na entrada, dois pés de maconha e uma grande quantidade de papéis queimados, que pareciam se tratar de comprovantes bancários. A mais jovem teria admitido integrar a organização. Ela receberia as cédulas falsas de um homem, identificado apenas pelo primeiro nome, e faria os depósitos do dinheiro verdadeiro recebido como pagamento pelo material ilícito. A mulher acrescentou estar no esquema há cerca de dois meses. Na última transação, ela teria recebido R$ 5 mil ilegais e depositado R$ 750, diluídos em contas da quadrilha em nomes de laranjas. Os comprovantes seriam metodicamente queimados para não deixar rastro. Os contatos com o intermediário seriam feitos por meio de grupos especializados na fraude criados no WhatsApp.

A segunda suspeita também teria confessado fazer parte da organização, auxiliando sua esposa na comercialização de moeda falsa. Ela ainda revelou ter migrado para o esquema por ter deixado uma quadrilha de jogo do bicho, após perder a credibilidade por ter sido presa várias vezes. Além do carro e dos celulares dos envolvidos, a PM apreendeu um caderno com anotações referentes à contabilidade do crime. Em um dos telefones recolhidos haveria um vídeo ensinando a melhorar a qualidade da falsificação das cédulas.

Como os suspeitos declararam que os entorpecentes seriam para consumo próprio, todos foram enquadrados como usuários e responderão pelo delito no Juizado Especial Criminal. Já em relação às notas falsas, os três receberam voz de prisão em flagrante e foram encaminhados para Delegacia da Polícia Federal, responsável pelo investigação desse tipo de crime.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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