Polícia Civil apura denúncia de venda de vagas para cirurgia pelo SUS

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar uma suspeita de cobrança indevida para que um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) conseguisse uma cirurgia de forma mais rápida. Segundo a delegada Ione Barbosa, titular da 4ª Delegacia, a família da vítima, um rapaz de 17 anos residente em Guarani, procurou a polícia depois de desconfiar da situação em que uma suposta instrumentadora da Santa Casa de Juiz de Fora teria entrado em contato com ele solicitando dinheiro para agilizar o procedimento do rapaz.

De acordo com Ione, o homem havia sido baleado e precisava de uma cirurgia com urgência. Ele teria sido atendido em uma clínica particular em Juiz de Fora. “Foi nesta clínica que passaram o contato de uma mulher, supostamente instrumentadora cirúrgica da Santa Casa de Misericórdia, e disseram a ele que ela poderia agilizar o procedimento”, relatou.

Ione afirmou que a família do jovem fez contato com a suspeita, que cobrou R$ 4 mil para adiantar a cirurgia do paciente. Segundo a mulher, o procedimento seria feito no hospital onde ela trabalharia. “Eles chegaram a fazer uma vaquinha para pagar o valor, mas começaram a desconfiar da situação e procuraram a polícia”, disse. Segundo a delegada, foram apreendidos áudios da mulher, que cita, inclusive, nomes de diversos médicos. As gravações passarão por perícia.

Apesar de uma única denúncia ter sido feita até então, Ione acredita que outras vítimas do suposto golpe aparecerão. Conforme a delegada, uma testemunha do caso será ouvida nesta sexta-feira (5).

A suposta instrumentadora ainda não foi encontrada, e a delegada vai intimar os responsáveis pela clínica. A princípio, o crime será enquadrado como estelionato, mas, como explicou Ione, pode haver outros delitos.

Em nota divulgada em seu site, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informa que abriu investigação para apurar a situação. De acordo com o hospital, a mulher não é funcionária do hospital. “A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora repudia todo e qualquer ato de improbidade, principalmente, envolvendo os pacientes do SUS”, afirma o texto.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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