A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Homicídios, concluiu inquérito que investigava a morte de Denilson Oliveira de Nascimento, de 26 anos, na Vila Esperança II, na Zona de Norte de Juiz de Fora. A vítima foi baleada na cabeça, na Rua Custódio Lopes de Mattos, em 28 de maio deste ano, e morreu no dia seguinte, quando estava internado no Hospital de Pronto Socorro (HPS). De acordo com o que foi apontado pela investigação, o crime foi cometido por três homens, de 20, 21 e 31 anos, em razão de uma rivalidade entre moradores da Vila Esperança II e Vila Esperança I.
Dos autores, todos moradores da Vila I, dois já estão presos. “No final de julho, foi solicitado à Justiça a prisão preventiva de cada um deles e foram decretadas no início de agosto, dois meses depois do crime. O primeiro, de 20 anos, foi preso pela Polícia Militar, em 21 de agosto, em Conselheiro Lafaiete, onde estava foragido. Em 21 de setembro, foi preso o segundo autor, de 31 anos, também pela PM, no Bairro Araújo, na Zona Norte de Juiz de Fora. Em quatro meses, o inquérito foi concluído e com dois autores presos. O terceiro autor, de 21, ainda está foragido, e as polícias Militar e Civil estão trabalhando para cumprir o mandado de prisão contra ele”, afirmou o delegado Rodrigo Rolli, nesta terça-feira (20), em coletiva à imprensa.
Ainda conforme Rolli, o inquérito já foi remetido ao poder judiciário com indiciamento dos três autores pelos crimes de associação criminosa e homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima, que foi alvo de emboscada realizada por dois autores, enquanto o terceiro ficou vigiando o entorno do local do crime.
“Os dois autores se aproximaram da vítima já efetuando disparos de arma de fogo, enquanto o outro ficou vigiando o local para dar guarida aos executores dos disparos. É justamente esse terceiro que se encontra foragido e nosso intuito é efetuar a prisão dele o mais rápido possível, porque é necessário dar uma resposta para aquelas comunidades, porque esse jovem morto teve sua vida ceifada em razão de uma rivalidade banal. Essa rivalidade tem que cessar e, caso insista em acontecer, nós vamos trabalhar para levar esses autores à Justiça”, ressaltou o delegado.
Rolli ainda lembrou que esse crime causou revolta entre os moradores da Vila I, sendo necessária a intervenção da PM, que ficou na comunidade por alguns dias. “Os ânimos estavam acirrados, porque havia um temor de haver uma represália em razão da morte do jovem, que não tinha envolvimento com criminalidade, o que causou uma revolta grande entre os moradores. A PM teve necessidade de trabalhar no local com o intuito de apaziguar os ânimos.”
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