Polícia Civil identifica taxista suspeito de assediar passageira

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Atendimento à Mulher, identificou o taxista denunciado de assédio sexual por uma passageira. O caso ocorreu na madrugada da última segunda-feira (17), quando a vítima, uma profissional da área de saúde, de 28 anos, fazia uma corrida, junto com uma amiga, do Bairro Fábrica ao Carlos Chagas, ambos na Zona Norte.

De acordo com a delegada Ângela Fellet, que ficou responsável pelo caso, a vítima foi ouvida durante a tarde desta sexta-feira (21), e fez o reconhecimento do taxista suspeito, inclusive por fotos. Ele deverá ser ouvido pela polícia nos próximos dias para a conclusão do inquérito. Conforme a delegada, em depoimento, a passageira relatou que estava saindo de uma festa, junto com uma amiga, e elas entraram no primeiro táxi que aguardava na fila. “Elas perguntaram se o taxista tinha máquina para fazer o pagamento no débito. Ele disse que não, mas como iria abastecer no posto, lá elas poderiam pagar o abastecimento como se fosse a corrida. No posto, como narrou a vítima, o taxista desembarcou e elas fizeram o pagamento. Ele teria voltado comendo um brigadeiro e teria dito: ‘Para trabalhar quatro noites no táxi, só mesmo com glicose e um agregado’.”

De acordo com a delegada, diante da situação, as duas passageiras ficaram quietas e continuaram o percurso. O homem teria tentado entrar na conversa das duas diversas vezes ao longo do trajeto. “Como contou a vítima, em determinado local, mais deserto, precisamente na Curva da Miséria, que faz a ligação entre a Rua Bernardo Mascarenhas e a Avenida Olavo Bilac, no Bairro Cerâmica, ele parou, abriu o porta-luvas e teria retirado um saquinho com pó branco, que colocou em cima do celular, e enrolou uma cédula para cheirar a substância. Elas ficaram assustadas e ele virou para trás e passou a mão no meio da perna da vítima, e disse: ‘Se as pernas estão quentes, imagina o resto do corpo’.”

Depois disso, as passageiras foram deixadas em seu destino, e ele foi embora. Antes de ir, o motorista ainda teria dito palavras de cunho sexual para as mulheres. Como aponta a delegada Ângela, o suspeito irá responder por importunação sexual, cuja pena varia de um a cinco anos prisão.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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