Polícia Civil investiga importunação sexual cometida por motorista de aplicativo

A Polícia Civil investiga um suposto caso de importunação sexual que teria sido praticado por um motorista de aplicativo contra uma idosa de 60 anos. A denúncia, inicialmente, foi registrada pela Polícia Militar (PM) como estupro consumado na noite da última terça-feira (16). De acordo com o registro policial, quem acionou a corporação foi a cunhada da vítima.

A denunciante esteve na base móvel do Bairro Mariano Procópio, Zona Nordeste da cidade, e, segundo seu relato, a idosa solicitou a corrida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Pedro, Cidade Alta. Ainda segundo o registro policial, a vítima entrou no carro por volta das 18h, sentou no banco da frente, e, em seguida, o suspeito teria começado a passar as mãos em suas pernas e seios e, logo depois, dito que queria levá-la para um motel.

Na sequência, segundo o documento, o motorista teria parado o carro no Bairro Caiçaras, mesma região, e beijado a idosa à força. Ele continuaria assediando a vítima durante o trajeto, mesmo com o pedido da mulher para que parasse.
Ao chegar na casa da idosa, ela teria pago a corrida e o suspeito foi embora. A vítima falou que não se lembra dele e não soube passar características físicas do homem.

O caso foi encaminhado para a 2ª Delegacia da Polícia Civil. Posteriormente, deve ser destinado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher ( DEAM) para ser apurado.

Representante pede esclarecimento do caso

Para o vice-presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo (Amoaplic/JF) Sostenes Josué, as informações relacionadas ao fato parecem “desencontradas”, tendo em vista que seria possível identificar o suspeito através do aplicativo no qual a vítima teria solicitado a corrida. “A gente sempre confia na apuração da polícia. Só que algumas informações não estão fechando. Quando você aciona o aplicativo, os dados do motorista ficam ali. A senhora imediatamente após o infortúnio já tinha ali os dados do motorista, a placa, a foto, era só mostrar para a polícia e de imediato esse motorista poderia ser excluído da plataforma.”

O representante classificou o ocorrido como “fato isolado, caso se confirme” e aguarda a resolução do caso colocando-se à disposição para colaborar com as investigações. “Se um motorista de aplicativo teve de fato essa atitude, a gente necessita que o fato seja elucidado e que ele seja expulso da plataforma. Este é um fato isolado. Nós estamos à disposição da Polícia Civil para ajudar naquilo que for possível.”

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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