Polícia Civil pericia carro de mulher investigada por atropelamento no Acesso Norte

A Polícia Civil continua as investigações para identificar a autoria do atropelamento, com omissão de socorro, que resultou na morte de um idoso, de 65 anos, ocorrido na noite do dia 13 no Acesso Norte, em Juiz de Fora. De acordo com o delegado Rodolfo Rolli, na última sexta-feira (19) foi realizada perícia no carro de uma mulher de 35 anos, investigada no caso. No mesmo dia, o motoboy que ajudou a socorrer Paulo César Visoná, conhecido Paulinho mecânico, prestou depoimento na 3ª Delegacia.

De acordo com o delegado, duas testemunhas que haviam sido marcadas para prestar declarações na manhã desta segunda (22) não compareceram e serão reintimadas. Uma delas teria chegado a ouvir gritos de socorro, possivelmente da vítima. A outra pessoa é profissional da área da saúde.

Segundo Rolli, durante suas declarações, o motoboy contou que trafegava pelo local para fazer uma entrega, quando observou o veículo da investigada passar por ele. Mais adiante, ele viu a vítima caída no asfalto e parou para ajudar, conseguindo interceptar uma ambulância do Samu que passava pela região. Ainda conforme o delegado, o motoboy disse não ter presenciado o momento exato do acidente. “Por enquanto, o único carro visto por ali naquele horário é o da investigada”, pontuou Rodolfo, acrescentando que aguarda os laudos dos exames periciais realizados no veículo suspeito, além do levantamento de local e da necropsia da vítima.

Os resultados podem confirmar ou não a tese de que Paulinho foi arrastado por alguns metros após ser atingido. Ele ficou caído na via pública com múltiplos ferimentos e fraturas pelo corpo, além de traumatismo cranioencefálico. Enquanto isso, o motorista foi embora sem prestar socorro. Apesar de ter sido reanimado pelo Samu durante parada cardiorrespiratória, o mecânico não resistiu e faleceu horas depois de chegar ao HPS.

Perícia no veículo

Em matéria publicada na quinta-feira, o delegado havia informado que considerava desnecessária a perícia no veículo da investigada, porque, segundo ele, o mesmo apresentaria “apenas arranhões antigos”. Naquele dia, ela negou em depoimento qualquer envolvimento no acidente, que aconteceu perto da esquina do Acesso Norte com a Rua Augusto Mariani, a poucos metros da casa da vítima, no Bairro Industrial. A auxiliar administrativa havia sido intimada porque imagens de câmeras de segurança mostraram o carro dela saindo de marcha à ré da garagem de uma residência, nas imediações de onde ocorreu o atropelamento. Em outra gravação, o automóvel passa pelo local, também próximo ao horário do acidente, ocorrido por volta das 22h.

Segundo a polícia, a mulher explicou que, naquela ocasião, havia saído da casa da mãe dela para, juntas, buscarem seu filho em sua residência, na mesma região. Logo depois, elas retornaram ao endereço. A mãe da auxiliar administrativa acompanhou o depoimento da filha e corroborou as informações.

Paulinho deixou dois filhos e quatro netos, além de 14 irmãos e a mãe, de 87 anos. A família aguarda a conclusão do caso e cobra justiça, esperando que o responsável pelo acidente “assuma o erro que cometeu, pela omissão de socorro”.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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