Procura por máscaras e álcool em gel aumenta em JF

Consumidores juiz-foranos aumentaram a procura por máscaras e álcool em gel, visando a proteção contra uma possível proliferação da doença. Em contato com a Tribuna, distribuidoras de medicamentos e drogarias da cidade confirmam a redução da oferta dos produtos, sendo que algumas lojas já estão sem estoque. O aumento da demanda também pode ocasionar aumento do valor de venda dos itens.

Na distribuidora Eco Farma, no Bairro Fábrica, Zona Norte, a intensificação na procura de máscaras e álcool em gel acontece desde a quarta-feira (26), após o recesso de carnaval, período no qual a distribuidora não funcionou. “Em hospitais, a venda já estava maior desde janeiro. Nas farmácias, desde ontem ficou mais intenso”, afirma a representante Michelle Castro. Na Eco Farma, ainda há disponibilidade dos produtos, uma vez que a distribuidora preparou estoque desde o início da proliferação do vírus em escala global, ainda em meados de janeiro.

A distribuidora Girofarma, por outro lado, já tem estoque dos produtos mais reduzido do que o comum. “Já estamos com poucas unidades, porque a gente não esperava. E, quando decidimos comprar mais, o preço estava nas alturas”, afirma a administradora Lorenza Silva. O valor de venda dos produtos é a principal preocupação. “Nós temos que atender alguns órgãos públicos que já têm o preço estipulado de venda, mas com o valor muito alto, vai causar prejuízo”, destaca Lorenza.

Consumidores se movimentam

“A procura está bem grande desde que iniciou a divulgação da doença na mídia, principalmente das pessoas que aproveitaram o início de ano para viajar. Tanto que nós já estamos com dificuldade de oferecer esses itens”, constata a gerente da unidade da Drogasil na Avenida Barão do Rio Branco, Hellen Barbosa. Na loja, além de álcool em gel e das máscaras, também houve aumento nas vendas de lenços umedecidos.

Na Drogaria Cascatinha, as máscaras foram todas vendidas, antes mesmo da notícia da paciente internada em Juiz de Fora. De acordo com o gerente Laerte Toledo, os consumidores mais interessados eram os que iriam viajar para o Estado de São Paulo, onde teve o primeiro caso confirmado da doença no Brasil. “As pessoas que procuraram são as que vão fazer compras em São Paulo, por isso, o carnaval não influenciou muito. Mas ontem já vendeu bastante.”

Segundo o gerente, as máscaras tinham pouca saída na loja, com cerca de dois pacotes de 50 unidades vendidas semanalmente. Apenas na quarta-feira, dez pacotes foram vendidos e deixaram o estoque vazio. Em relação ao álcool em gel, ainda restam unidades. “Nós não alteramos o preço, porque não adianta a gente tirar proveito da situação. A não ser que, quando a gente fizer reposição de estoque, venha um preço maior. Sendo assim, teremos que fazer o repasse.”

Supermercado aponta aumento de 500% na procura

Em todas as unidades do Grupo Bahamas em Juiz de Fora, o estoque de álcool em gel foi reforçado para atender ao aumento da demanda. Conforme a equipe de marketing do grupo, as vendas nos supermercados aumentaram em mais de 500% em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês em 2019, mesmo comparando as vendas até a última quarta-feira, faltando três dias para o fim do mês.

Em janeiro, o aumento também já era perceptível, mês com alta de 278,96% em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a equipe, ações promocionais já são realizadas desde antes da chegada do coronavírus ao Brasil, com a venda de embalagens nos tamanhos tradicionais (440g) e de bolso (55g). “Temos bom volume para garantia de abastecimento”, confirma o Bahamas, em nota.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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