Projeto da UFJF orienta famílias sobre convívio saudável durante isolamento

Em tempos de coronavírus, uma das adaptações impostas em diferentes regiões do país foi o isolamento domiciliar. Consequência natural do momento de reclusão, o convívio familiar inspira atenção do projeto “Desenvolvendo famílias: intervenções para promoção da eficácia familiar”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Durante o período de combate à pandemia, o trabalho de extensão orienta através de plataforma on-line núcleos familiares tendo em vista o enfrentamento saudável da Covid-19.

O projeto não é novo, mas sofreu adaptação. Anteriormente, o trabalho coordenado pelo professor Altemir José Gonçalves, da Faculdade de Psicologia, tinha o enfoque nos desafios da adolescência, auxiliando famílias com ao menos um integrante adolescente. Com o contexto atípico de isolamento domiciliar, entretanto, o projeto ampliou o leque, passando a trabalhar com o convívio saudável entre diferentes núcleos familiares, independente da maneira com que os grupos são constituídos. “Nós percebemos que precisávamos ampliar o foco neste momento. É um desdobramento do trabalho anterior, com a mesma fundamentação teórica e com técnicas parecidas, mas ampliamos as possibilidades de família”, explica o coordenador.

“Nós não estamos preocupados somente em um conflito familiar, porque não é uma terapia. Mas é uma orientação para manter o convívio e o funcionamento saudável da família”, pontua Gonçalves. Conforme o professor, a situação atual pode criar novos problemas psicossociais ou potencializar dificuldades pré-existentes. “É uma situação muito diferente que estamos vivendo. Isso, às vezes, atrapalha todo o funcionamento da família. E o projeto se propõe a orientar essas diferentes famílias”, esclarece.

Encontros on-line

Os diálogos são realizados em plataforma on-line, sendo resguardado o sigilo do trabalho. A seletividade das famílias com acesso à internet de qualidade, bem como os equipamentos necessários para a realização das conversas, são duas barreiras que limitam o alcance do projeto. Mas, no cenário de pandemia, os encontros pelo meio digital foram a maneira encontrada para resguardar a saúde de todos os integrantes do trabalho. “Protege os dois lados, integrantes do grupo e famílias. Mas também permite que as pessoas tenham cuidado com a saúde mental mesmo mantendo a segurança”, afirma Gonçalves.

Além do coordenador, atuam no projeto as psicólogas Andrêze Silva e Esther Sales, além das estudantes de Psicologia Amanda Dutra, Júlia Cabral, Laura Carnot e Marya Clara Leonel.

Inscrições

Para solicitar orientações, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou por meio das redes sociais do projeto, as quais também são abastecidas regularmente com informações e orientações para se ter melhor qualidade de vida durante a reclusão domiciliar. Os dias e a frequência dos atendimentos são escolhidos em conjunto entre o grupo familiar e os integrantes do projeto.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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