O Protocolo JF já começou a fazer a triagem e a testagem de pacientes para diagnóstico de Covid-19. Anunciada há duas semanas, a iniciativa, que envolve órgãos públicos e sociedade civil, faz a captação e orienta pacientes por meio do aplicativo Dados do Bem, disponível para os sistemas Android e IOS. O objetivo inicial é testar cerca de 15 mil juiz-foranos, mas o espectro pode ser aumentado de acordo com o engajamento da população e a obtenção de fundos para compra de exames.
As testagens iniciaram na última terça-feira (7), como previsto anteriormente pelo idealizador do projeto, o jornalista e empresário Sérgio Gattás Bara. Para a primeira fase, está prevista a realização de cinco mil testes. Os exames são feitos gratuitamente e qualquer pessoa pode passar pela triagem através do aplicativo, que identifica usuários sintomáticos para a Covid-19 e faz os agendamentos para a realização do teste RT-PCR.
O mecanismo é visto como aliado para colher informações dos cidadãos expostos ao vírus, de forma a mapear a proliferação do coronavírus em Juiz de Fora. Pouco mais de 1.200 pessoas realizaram a triagem até então, mas há expectativa pelo aumento do número de usuários, uma vez que o objetivo é atingir o maior contingente possível. “Eu quero que chegue até metade da população de Juiz de Fora. Essa tem que ser a meta, o cenário ideal”, assegura Bara.
A iniciativa
O Protocolo JF foi apresentado pelo seu idealizador em entrevista ao programa Pequeno Expediente da Rádio CBN Juiz de Fora e TMTV, no último dia 25. O aplicativo, responsável por encaminhar os pacientes, foi disponibilizado no dia 26. Por meio de inteligência artificial, o programa avalia questionário respondido pelo usuário e, caso seja identificada uma pessoa sintomática para a Covid-19, o sistema agenda um horário para a realização do teste RT-PCR.
As informações dos usuários também poderão ser disponibilizadas para órgãos públicos de saúde, a fim de possibilitar o cerceamento de locais propícios à transmissão do vírus e o posterior controle sobre a pandemia no município. “A testagem por si só não contribui muito, ela tem que gerar dados epidemiológicos. As pessoas precisam baixar o aplicativo e, quanto mais pessoas o baixarem, mais sucesso vai ter o estudo epidemiológico”, projeta o idealizador Sérgio Bara.
Arrecadação de verbas
O Protocolo JF é gerido de forma voluntária e não possui fins lucrativos, de forma que depende da colaboração de pessoas sensíveis à causa. Para conseguir o alto número de testes RT-PCR, o diagnóstico com maior precisão da Covid-19 e de alto custo, a iniciativa tem apoio do Governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), da Prefeitura de Juiz de Fora e de entidades e hospitais da rede privada de saúde. Qualquer pessoa pode apoiar o projeto por meio da recém-criada vaquinha on-line, que destinará a verba arrecadada para a compra de mais testes.
Também é possível fazer doações diretamente para o Instituto Albert Sabin, parceiro no projeto. Os interessados em apoiar a iniciativa também podem entrar em contato por meio do telefone (32) 98405-8455. No site protocolojf.com.br estão disponíveis informações detalhadas do programa, bem como links para download do aplicativo.
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
