Restauração do Grupo Central sai do papel

Após longa espera, saiu do papel a restauração do Palacete Santa Mafalda, que aguardava há seis anos por reforma. No último dia 30, foram iniciadas oficialmente as obras do local, que abrigava, até 2013, a Escola Estadual Delfim Moreira, conhecida como Grupo Central, na esquina da Avenida Barão do Rio Branco com a Rua Braz Bernardino, no Centro de Juiz de Fora. A expectativa é que os serviços sejam finalizados em meados de 2021. O cronograma de obras, no entanto, não foi divulgado.

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Conforme informou o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas (DEER-MG) à Tribuna, nesta quinta-feira (22), a ordem de serviço foi dada em 18 de julho e, após mobilização da empresa contratada, as obras de restauração foram iniciadas no dia 30 do mesmo mês. Ainda de acordo com o DEER, o projeto prevê 720 dias para a revitalização da fachada, substituição do telhado, restauração de portas, janelas, pintura, implantação de equipamentos de acessibilidade e outras melhorias que permitirão a modernização do espaço, sem, entretanto, descaracterizar o seu legado histórico.

A Tribuna já havia mostrado a movimentação de caminhões descarregando materiais como estruturas metálicas para andaimes, madeiras, entre outros instrumentos no local. Agora, com o início das intervenções, o trajeto de pedestres que passam pela Rio Branco e pela Braz Bernardino foi alterado. A edificação está isolada por uma estrutura de proteção metálica que divide o espaço da calçada com quem passa pelo local, deixando o espaço reduzido para os pedestres.

Patrimônio
Diante do fim da espera pelo início da restauração, alunos e os professores do conhecido Grupo Central já podem vislumbrar a saída da sede provisória, em prédio alugado localizado entre as ruas Santo Antônio e Fernando Lobo, e o retorno às salas de aula no Palacete, construção do período imperial, tombada pelo Patrimônio Histórico do município em 1983.

Manifestações

A demora em solucionar os problemas estruturais levou a uma série de manifestações realizadas pela comunidade escolar da Delfim Moreira. Em uma delas, inclusive, aproximadamente 300 alunos reuniram-se em protesto em frente ao prédio e fecharam a Rio Branco, a fim de cobrar do Governo estadual o início das obras. Desde 2013, o governo estadual alocava, por R$ 44 mil mensais, o prédio onde atualmente funciona o Delfim Moreira (Grupo Central), na esquina da Rua Santo Antônio com a Fernando Lobo, considerado inadequado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE).

A realocação ocorreu após ocorrências de acidentes dentro da instituição por conta de buracos abertos no assoalho. Casos de alagamento em virtude das chuvas também foram registrados. A situação também vinha sendo acompanhada pelo Sind-UTE em Juiz de Fora, afirmando que o sucateamento da unidade demonstrava a falta de “política de responsabilidade com a educação pública em Minas Gerais”.

A restauração do prédio centenário, localizado na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Braz Bernardino, foi possível graças à liberação de R$ 8 milhões, anunciada pelo governador Romeu Zema (Novo) durante visita a Juiz de Fora neste ano. A liberação dos recursos representa a continuidade ao processo parado desde setembro de 2018, quando a concorrência para realização das intervenções foi homologada, ainda durante a gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT). O certame foi vencido pela Catalunha Engenharia Ltda., que apresentou proposta de preço global de R$ 7.986.885,27, referente a janeiro de 2018.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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