Secretário critica relaxamento do isolamento pela população

Titular da pasta enfatizou que o estado, nesta segunda, teve 21.72 casos e 481 mortes confirmadas pelo coronavírus (Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)

Em coletiva virtual à imprensa, na tarde desta segunda-feira (15), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, reforçou mais uma vez a importância do isolamento social como única maneira de evitar a proliferação da Covid-19. De acordo com ele, o Governo estadual se esforça para ampliar leitos e aumentar o número de aparelhos respiradores para os pacientes mineiros. “Essa ampliação é um esforço com o objetivo de melhorar a assistência, mas, se não houver o isolamento, não há assistência que aguente”, ressaltou.

Ainda durante sua fala, o titular da pasta enfatizou que o estado, nesta segunda, teve 21.72 casos e 481 mortes confirmadas pelo coronavírus. Dessa forma, ele pontuou que é possível observar a velocidade da transmissão avançando, enquanto há uma diminuição da taxa de isolamento. “Vi várias vezes, nesse fim de semana, pessoas andando sem máscara, entrando em lojas sem máscara. Precisamos tomar os cuidados de higiene, lavar as mãos, usar álcool em gel, usar a proteção, porque é isso que vai trazer o controle da pandemia e preservar vidas em Minas Gerais”, alertou Amaral.

O secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, que também participou da coletiva, usou sua fala para insistir na importância do distanciamento social. Segundo ele, as conversas que sua pasta têm tido com prefeituras do interior, no sentido de fortalecer a adesão ao isolamento, têm surtido efeito na velocidade de transmissão nos locais. “Se não nos esforçarmos em manter cuidados com isolamento, higiene, máscaras, os esforços para a melhoria da rede de saúde acabarão por quase não serem capazes de coincidir com o que entendemos como ideal”, afirmou, acrescentando que, por ora, os números têm sido mantidos com esforços.

Hospitais de campanha

De acordo com o planejamento da Secretaria de Estado de Saúde, a prioridade será a abertura dos leitos que são mais fáceis de serem abertos, como, por exemplo, na rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que já dispõe de estrutura prévia. Em outro momento serão abertos os leitos dos hospitais de campanha. Atualmente, o Estado prepara duas unidades, uma em Betim e outra em Belo Horizonte, no Expominas. Um hospital será voltado mais para UTI, e o outro para casos clínicos. Em princípio, a gestão dos hospitais será feita por meio de uma organização social, que fará a contratação de todos os recursos humanos.

Ainda conforme Amaral, nesta semana, poderá ser agendada uma reunião entre as equipes técnicas da Secretaria Municipal de Saúde da capital e da Secretaria de Estado de Saúde, para avaliação de dados e da possibilidade de ampliação de leitos, além da programação do isolamento social. De acordo com ele, esta é a a única forma de evitar o aumento dos casos e a sobrecarga da demanda assistencial.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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