Seminário remoto debate situação da Represa de Chapéu D´Uvas

Com o objetivo de debater com os diversos segmentos da sociedade a situação da Represa de Chapéu D’Uvas, será realizado, a partir desta terça-feira (2), o seminário “A importância estratégica da gestão da Represa de Chapéu D’Uvas para a Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul”. O evento, que acontece de forma remota, é uma realização do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Preto e Paraibuna (CBH Preto e Paraibuna), com apoio do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap). A programação se estende pelos próximos dias 3 e 4.

Nesta terça, a cerimônia de abertura está marcada para as 9h, contando com a participação do presidente do CBH Preto e Paraibuna, Wilson Acácio, e do vice-presidente do Ceivap, Matheus Cremonese. Estão ainda previstas as participações dos deputados federal Júlio Delgado e estadual Roberto Cupolillo; do promotor de justiça Fábio Rodrigues, que é Coordenador Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Paraíba do Sul; do diretor-presidente da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP), André Luís de Paula Marques, do reitor da UFJF, Marcus Vinícius David; e do Engenheiro Civil e diretor-geral do IGAM representando também a Secretária da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável ( Semad), Marcelo da Fonseca.

Em seguida, às 10h15, está programada uma palestra sobre a Represa de Chapéu D’Uvas, com o professor Pedro José de Oliveira Machado, do Departamento de Geografia da UFJF; e com o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral.

Na quarta-feira (3), às 14h, tem a palestra “Experiência na Gestão de Represas de Abastecimento Público – O caso do Reservatório de Serra Azul em Juatuba (MG), com o secretário geral do CBH do Rio Paraopeba, Heleno Maia e mediada pela vice-presidente do CBH Preto e Paraibuna, Edcléia Campos.

Em seguida, às 14h20, será abordado do tema pesquisas e ações na Represa de Chapéu D’Uvas, com os professores Celso Bandeira de Melo Ribeiro, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (UFJF); Nathan Oliveira Barros, do Departamento de Biologia e coordenador do Programa de Pós Graduação em Ecologia (UFJF); Christian Ricardo Ribeiro, do Colégio de Aplicação João XXIII (UFJF); Márcio de Oliveira, da Faculdade de Engenharia (UFJF); Cezar Barra Rocha, da Faculdade de Engenharia (UFJF), e mediação do Analista Ambiental do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Eduardo Araújo.

Na quinta (4), as atividades começam às 9h, com o tema: “De que forma as municipalidades podem se beneficiar diante do potencial da Bacia Hidrográfica da Represa de Chapéu D’Uvas”. Estão previstas as presenças da prefeita Margarida Salomão, além de José Maria Novato, chefe do Executivo de Ewbank da Câmara; e Marcelo Ribeiro, prefeito de Antônio Carlos.

Logo após, às 10h20, tem a palestra “As demandas de usuários e da sociedade civil das águas da Represa de Chapéu D’Uvas”, com as presenças do diretor-presidente da Cesama, Júlio Teixeira; do diretor-presidente do CBH do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, João Gomes de Siqueira; e Wesley Cardoso, representante da Associação dos Moradores e Proprietários do Entorno da Represa de Chapéu D’Uvas. A mediação é do professor Gilberto Malafaia de Oliveira, da Faculdade de Engenharia (UFJF).

Às 11h20, o tema abordado é “Ações realizadas por órgãos públicos para atenuar os impactos na Represa de Chapéu D’Uvas”. Estão convidados para o debate o promotor de justiça e Coordenador Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Paraíba do Sul, Fábio Rodrigues Lauriano; o titular da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram Zona da Mata), Leonardo Sorbliny Schuchter; e o responsável pela Unidade da Polícia Militar de Meio Ambiente de Santos Dumont, Cabo Vinícius. A mediação será realizada pelo professor Cezar Barra Rocha, que é especialista em geoprocessamento. Para o encerramento, está prevista a leitura da Carta Compromisso por Chapéu D’Uvas.

Os links da transmissão ao vivo no Youtube são

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Histórico

Localizada nos municípios de Antônio Carlos, Ewbank da Câmara e Santos Dumont, a represa de Chapéu D’Uvas, inaugurada em 1994, tem uma área de sua bacia de 313 km² e volume de 146 milhões de m³ e, atualmente, passa por sérios problemas de degradação, de acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Preto e Paraibuna (CBH Preto e Paraibuna).

Como pontua o Comitê, esse “reservatório tem uma importância estratégica para a região, principalmente, no que se refere ao potencial que dispõe para o abastecimento público de Juiz de Fora (5 mil l/s, segundo a Cesama), bem para os municípios à jusante. Salienta-se, ainda, que a represa contribuiu de forma significativa para a diluição da poluição das águas do Paraibuna na área urbana juiz-forana.”

Ainda conforme o Comitê, “há de se destacar também que Chapéu D’Uvas é importante até mesmo para a Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul pela quantidade de água que libera diuturnamente. A represa abriga um leque de situações conflituosas tão expressivas quanto o potencial de utilização de suas águas.”

Ainda de acordo com o CBH Preto e Paraibuna, atualmente, “devido ao seu abandono (salienta-se que a represa é patrimônio da União), às margens e no entorno do lago constata-se uma série de irregularidades, das quais podemos destacar: construção de barracos utilizados por pescadores, presença de residências sofisticadas para “weekend”, loteamentos irregulares, lixo, caça e pesca, plantio de eucalipto próximo ao espelho d’água, estábulos (que lançam os seus dejetos diretamente nas águas da represa), prática de esportes náuticos, problemas de erosão e de assoreamento etc”.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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