Suspeito de matar coronel na BR-040 morre na cadeia

O homem de 71 anos preso por suspeita de ser o executor do homicídio do coronel reformado do Exército e médico Sebastião Mauro Venturi de Pina, 58, morreu no Ceresp, onde estava acautelado desde o dia 17. O óbito de José Paulo Pinto Vieira aconteceu na véspera do Natal, quando o idoso tomava banho. Apesar de os levantamentos iniciais realizados no dia apontarem para morte por causas naturais, a Polícia Civil aguarda o laudo de necropsia para avaliar a necessidade ou não de abertura de inquérito policial. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Rodrigo Rolli, o exame deverá apontar as circunstâncias do falecimento do idoso.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o Ceresp instaurou um procedimento de investigação interna para apurar administrativamente o ocorrido, além de registrar o boletim de ocorrência e acionar a Polícia Civil para realização da perícia. De acordo com o documento policial, agentes penitenciários encontraram o detento sem vida na cela no início da manhã do dia 24. Outros presos do mesmo cômodo comunicaram que José Paulo estava no banheiro tomando banho, mas como ele teria demorado muito, decidiram verificar e encontraram o idoso caído ao solo. O Samu foi acionado e constatou o óbito.

O oficial da reserva foi encontrado morto na direção de um carro, com dois tiros do lado direito da cabeça e do pescoço, na manhã do dia 6, no km 773 da BR-040, no trevo de acesso à AMG-3085, na altura da Barreira do Triunfo, Zona Norte. José Paulo foi preso no mesmo dia em que a esposa do coronel, 42, também foi detida como possível mandante e coautora do assassinato do militar, com quem era casada há 15 anos e tinha dois filhos. O possível executor era caminhoneiro aposentado da cidade de Santos Dumont. Segundo as investigações, ele era ex-sogro da mulher presa, pai do primeiro marido dela. Os mandados de prisão foram solicitados pela Delegacia Especializada de Homicídios e expedidos pela Justiça.

Conforme Rolli, após ser capturado, o idoso chegou a confessar o crime, alegando legítima defesa. Entretanto, a justificativa seria incompatível com o laudo de necropsia e as informações obtidas pelos investigadores. Já a mulher não confirmou sua participação no homicídio do próprio companheiro. A motivação estaria ligada a vantagens financeiras que a esposa teria com a morte, como seguro de vida de mais de R$ 450 mil, pensão militar e imóveis, além de suposto interesse dela em se relacionar com outra pessoa. Já o aposentado seria beneficiado com alguma quantia e teria aceitado participar porque estaria passando por dificuldades.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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