Trabalhadores de transporte escolar querem permissão para transporte público

Categoria solicita permissão para realizar transporte de passageiros (Foto: Divulgação)

Trabalhadores do setor de transporte escolar de Juiz de Fora se mobilizaram nesta sexta-feira (4) para cobrar a elaboração de lei que autorize as vans a realizarem permanentemente o transporte público, em conjunto com os ônibus do transporte coletivo urbano (TCU) do município. A demanda ocorre em um cenário de indefinição e tensão entre funcionários das empresas que compõem o TCU, somado às dificuldades impostas pela pandemia de coronavírus ao transporte escolar, que viu a atividade ser interrompida em março deste ano.

O movimento é organizado pelo Sindicato dos Transportadores Escolares de Juiz de Fora e Região (Sintejur/JF), que reivindica, há cerca de seis meses, medidas da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para amenizar o impacto econômico causado pela paralisação do setor. Segundo o presidente do sindicato, Nilton Oliveira, a categoria já solicitou ao Executivo apoio aos trabalhadores do transporte escolar por meio da concessão de auxílio emergencial. O pedido, no entanto, não foi respondido pela PJF, de acordo com Oliveira.

“Vários municípios estão pagando (o auxílio emergencial), e enviamos essa demanda em abril. Quando chegou maio, junho e julho, outros municípios pagaram, mas o prefeito não deu retorno, nem para falar que não tem o dinheiro”, afirma o presidente do Sintejur. O Município, por outro lado, faz doações de cestas básicas mensalmente aos trabalhadores do setor, mas é insuficiente para suprir todas as necessidades. “A Prefeitura disponibilizou a cesta básica, mas é pouco. Ninguém quer viver de cesta básica. Mas estamos correndo atrás”, complementa o líder sindical.

Sem prazo de retorno

A concessão de auxílio emergencial ainda é pleiteada pelo Sintejur, mas, em um contexto no qual as instituições de ensino ainda não têm prazo para retorno presencial, o sindicato ainda enxerga a possibilidade de realizar, em conjunto com as empresas do TCU, o transporte urbano de passageiros na cidade. A atividade se daria nos moldes da atuação emergencial dos trabalhadores em meio à greve dos rodoviários, ocorrida há duas semanas. A diferenciação, na visão do sindicato, se daria na cobertura das vans em áreas não cobertas pelas linhas do transporte coletivo, além de suprir a falta de ônibus em caso de novas dificuldades das empresas em manter os funcionários.

A mudança é vista como possível por Nilton Oliveira, dependendo de alteração em lei partindo da Câmara Municipal e, principalmente, da PJF. “Estamos articulando com os candidatos (à Prefeitura) a mudança no decreto de lei. Tem que partir daí o projeto, autorizando as vans a fazerem o transporte alternativo em local onde os ônibus não vão, ou em linhas onde as empresas não disponibilizam ônibus ou não têm condições de pagar motorista e cobrador.”

A Prefeitura foi procurada pela reportagem para se posicionar sobre as reivindicações do Sintejur, mas, até o momento da publicação da matéria, não se manifestou.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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