Trabalho pedagógico desenvolve culinária com crianças de 4 e 5 anos

Trabalho de sete meses foi finalizado com a criação de um livro com receitas (Foto: Olavo Prazeres)

O Dia das Crianças foi celebrado no último sábado, mas as crianças da Escola Municipal Santa Itatiaia tiveram a comemoração estendida por alguns dias. Na manhã desta quarta-feira (16), alunos do segundo período da instituição concretizaram o projeto de extensão “Mini Chef e seus eventos culinários – o sabor de brincar orientado à alimentação saudável e à sustentabilidade alimentar”, do Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, que desenvolveu capacidades culinárias e trabalhou alimentação saudável com 120 crianças de 4 a 5 anos.

O projeto reuniu estudantes de modo interdisciplinar e estimulou a alimentação saudável entre os alunos, com encontro mensais. A reunião entre os novos cozinheiros comemorou o trabalho de sete meses idealizado e coordenado pela professora Annaelise Machado, que culminou na criação de um livro com receitas desenvolvidas com as crianças.

“Nós tentamos desconstruir a imagem de ganhar presentes no Dia das Crianças para que eles dêem os livros para os familiares. O Dia das Crianças é muito comercial, então por que não desconstruir essa imagem?”

A diretora da instituição que recebeu o projeto, Juliana Amado, destacou o impacto positivo entre alunos e pais. “Os alunos ficaram encantados quando perceberam que eles estão gostando de alimentos que, antes, eles faziam cara feia. E o comentário da família é esse, que comeu alface, por exemplo, porque a tia disse que deixa as crianças calmas”, contou.

Projeto multidisciplinar

De acordo com a coordenadora, o Mini Chef desenvolve aptidões que vão além da habilidade na cozinha, chegando a passar por áreas como Matemática e até Geografia. “Eles acham que estão brincando, mas estamos ensinando para eles tanto o paladar quanto os alimentos. Os professores, na sala de aula, também trabalham com o conteúdo. Por exemplo, na Geografia, discorrem sobre a questão da localização geográfica, na Matemática, fazem contas para ver custo dos alimentos”, explicou Machado.

Além da habilidade na cozinha, projeto também passou por áreas como Matemática e até Geografia (Foto: Olavo Prazeres)

A professora Leila Luís endossou o discurso da Annaelise, confirmando a continuidade do conteúdo com as crianças do segundo período. Para Leila, o trabalho contribuiu para vencer obstáculos entre os jovens e a cozinha. “Às vezes, em casa, eles não podem nem ter acesso à cozinha e, dessa maneira, desmistifica-se todas as lendas que a gente cria com as crianças de não poder mexer nisso ou naquilo. Com todo o cuidado, sempre acompanhado de profissionais, é fundamental que eles tenham a vivência fora da sala de aula.”

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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