Transferência de serviços do PAM-Marechal segue indefinida

Vinte dias após o Ministério Público determinar que a Prefeitura adote medidas para conter as irregularidades na estrutura do PAM-Marechal, a situação da unidade de saúde segue indefinida. Apontadas como parte da solução para os problemas expostos pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Juiz de Fora e pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste, as transferências para outras unidades de alguns serviços do edifício, localizado na região central, ainda não começaram.

Em reunião entre a Secretaria de Saúde da Prefeitura com a Comissão de Saúde Pública e Bem Estar Social da Câmara Municipal, no último dia 7, ficou definido que os serviços realizados no térreo e nos primeiros andares deveriam se manter no prédio central, com os demais migrando para outras unidades. Entretanto, única definição, até o momento, é pela mudança do Departamento de Saúde da Mulher, que será transferido para onde funciona, atualmente, o Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente, na Rua São Sebastião 772, no Centro. Ainda assim, a comissão montada para buscar uma solução para a situação da unidade ainda não finalizou os trabalhos, afirmou em nota a Secretaria de Saúde. O texto pontuou, contudo, que “caso haja mudanças de serviços para outros locais, elas ocorrerão de forma gradativa, visando o melhor atendimento à população e melhores condições de trabalho para os servidores da saúde, levando em consideração acessibilidade, biossegurança e questões sanitárias”.

O Conselho Municipal de Saúde e a Comissão de Saúde Pública e Bem Estar Social ainda aguardam as definições da Secretaria de Saúde sobre os procedimentos que serão feitos no PAM-Marechal. O secretário-executivo do Conselho, Jorge Ramos, destacou que algumas mudanças de localização dos serviços prestados na unidade são delicadas e necessitam de maior atenção. “A própria Secretaria pediu um prazo para que trouxesse ao conselho uma situação definitiva, e nós entendemos isso, porque não é uma mudança simples. Há alterações que mexem com toda uma estrutura, então é preciso que você tenha algo concreto de onde o serviço vai estar”, apontou.

Prazos

Informações de bastidores apontam que a Secretaria de Saúde solicitou à Promotoria o aumento do prazo para a conclusão das intervenções na unidade de atendimento, anteriormente previsto para finalizar até o início de agosto. Com o aumento do tempo, a principal questão a ser resolvida pela Prefeitura passa por conseguir a verba necessária para as obras, de acordo com Ramos. “A questão agora é dinheiro. Hoje uma intervenção imediata custaria cerca de R$ 12 milhões. Mas a Prefeitura diz que não tem esse dinheiro de imediato.” A Secretaria de Saúde não confirmou a informação sobre prazos.

Atenção secundária

Com fluxo de pessoas que chega a 1.500 pacientes ao dia, a unidade concentra serviços de atenção secundária e atende a toda a região. A importância do PAM-Marechal foi citada pelo presidente da Comissão de Saúde Pública e Bem Estar Social da Câmara, o vereador Antônio Aguiar (PMDB). “O PAM-Marechal é um equipamento público dos melhores que nós temos na cidade, por ser um prédio próprio, que dificilmente seria retirado do município. E ele tem vários aspectos que são importantes, como a localização e a facilidade de agregar serviços que atendem a toda a macrorregião de Juiz de Fora”, explica, acrescentando que a participação da Comissão no processo depende de convite do Executivo.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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