UFJF entrega 250 kg de álcool gel para Prefeitura de Juiz de Fora

Há insumos suficientes para que esse fluxo maior de produção ocorra por mais seis ou oito semanas (Foto: Alexandre Dornelas)

Cerca de 250 quilos de álcool gel foram entregues para a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), nesta sexta-feira (17), pela Universidade Federal de Juiz de Fora. A fabricação em maior escala dos produtos foi possibilitada pela doação de insumos à PJF, feita por uma rede colaborativa formada por empresários da cidade. A produção do álcool gel, por sua vez, é realizada por profissionais ligados à Farmácia Universitária, à Faculdade de Farmácia e ao Instituto de Ciências Exatas (ICE) da Instituição.

De acordo com o diretor da Faculdade de Farmácia, Marcelo Silvério, em função das doações realizadas à Prefeitura, que serão entregues gradualmente à UFJF, há insumos suficientes para que esse fluxo maior de produção ocorra por mais seis ou oito semanas. A previsão é de entregar, semanalmente, cerca de 250 quilos, mesma quantidade já disponibilizada nesta sexta.

A vice-reitora da UFJF, Girlene Alves, ressaltou a importância do apoio que a universidade tem dado ao Município desde o início da pandemia e destaca o aumento da fabricação de álcool gel possibilitado pela doação de uma rede de empresários. “Essa produção mais intensa, possibilitada por parcerias com o Poder Público local, permite que a UFJF auxilie diretamente, com os profissionais e as tecnologias que possuímos, no enfrentamento responsável da pandemia. É fundamental a disponibilidade de insumos necessários, especialmente para trabalhadores que estão na linha de frente do combate à Covid-19”, afirmou por meio da Diretoria de Imagem Institucional.

Sobre a fabricação

De acordo com a professora e coordenadora da Farmácia Universitária, Alessandra Esther, a produção de álcool gel 70%, ideal para higienização da pele e de superfícies para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, continuará a ser feita durante as próximas semanas. A fabricação consiste em três etapas e é feita sob verificação de parâmetros químicos e farmacêuticos, de acordo com as boas práticas de manipulação.

A primeira fase da fabricação acontece a partir da diluição de um álcool absoluto (100%) ou com uma alcoolatura pouco menor (96.3% ou 96.8%, por exemplo). Em todos os casos, a temperatura e a alcoolatura são conferidas para que o álcool atenda aos valores eficazes de atividade contra micro-organismos, como vírus e bactérias.

Na segunda etapa, é feita a pesagem e o preparo dos insumos para a obtenção do gel, efetuado por meio do polímero, um agente gelificante. Já na terceira etapa, esse agente é colocado em contato com o álcool 70%. “Esse contato é feito sob agitação e, portanto, precisamos imprimir um ritmo correto para que possamos obter uma consistência e uma viscosidade adequadas. Dessa forma, o gel ficará em contato com peles e superfícies durante o tempo necessário para agir de forma eficaz em sua propriedade antisséptica.”

Alessandra Esther ressalta que, desde a matéria-prima ao produto final, são realizadas as conferências de parâmetros, principalmente de viscosidade e de pH (o chamado “potencial hidrogeniônico”, uma escala capaz de medir a acidez, a neutralidade ou a alcalinidade de uma determinada solução).

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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