UFJF pinta faixa de travessia em comemoração ao Dia do Orgulho LGBTQI+

Duas faixas de pedestres com as cores do espectro do arco-íris foram pintadas dentro do campus (Foto: Fernando Priamo)

Na véspera do Dia do Orgulho LGBTQI+, celebrado nessa sexta-feira (28), a UFJF reforçou o apoio institucional às diversidades de gênero e sexual. Nesta quinta-feira (27), foi realizada a pintura de duas faixas de pedestres com as cores do espectro do arco-íris dentro do campus, além de ter sido apresentada, em coletiva de imprensa, ações que devem integrar a III Semana Rainbow da UFJF, entre os dias 7 e 18 de agosto. Assim como nas edições anteriores, a ideia é compor uma programação democrática e acessível, de acordo com o organizador, professor e coordenador do projeto de extensão “Identidades, cidadania e inclusão LGBTQ+”, Marcelo Carmo Rodrigues.

A Semana é o produto com maior visibilidade dentro do projeto de extensão, mas a iniciativa também conta com uma série de outras frentes, que inclui, além de atividades ligadas à cultura, arte, educação e sensibilização sobre assuntos relacionados a gênero, sexualidade e diversidade, projetos como o de geração de emprego e renda e rodas de conversas com empresas. Outro destaque está na possibilidade de criação de um posto avançado de atendimento à população LGBTI+ em situação de violência com a Polícia Civil, que já está em negociação.

Entre as características dessa edição, está o lançamento dos editais para a o apoio a projetos culturais, que devem ser disponibilizados no site semanarainbowufjf.com e na página da UFJF, a partir desta sexta. “Os editais são muito importantes, justamente pela perspectiva de horizontalizar a participação na programação, permitindo que projetos que nem imaginávamos existir possam ser conhecidos e apresentados. São essas ações que efetivamente refrigeram e dão sangue novo ao evento”, destaca o professor.

Também será lançado, na próxima semana, um chamamento público para apoio financeiro ao evento, que poderá ser feito através da compra de cotas de patrocínio por empresas de todo o país. Na avaliação de Marcelo, trata-se de uma oportunidade para as organizações mostrarem que estão abertas à diversidade e inclusão.

Nome social
Durante a coletiva, o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira, adiantou que o Conselho Superior deve votar nesta sexta uma resolução para que os alunos egressos possam solicitar o uso do nome social em seus diplomas, de acordo com sua identidade de gênero, assim como já é garantido com outros documentos.

Receita para o município
A edição 2018 do evento, de acordo com a pesquisa feita por estudantes de Turismo, beneficiou 10 mil pessoas, além de movimentar receita bruta média de R$ 2,5 milhões para o município. Dessa forma, o intuito é diversificar a oferta de eventos para manter Juiz de Fora como importante destino turístico à comunidade LGBTI+, com ações de marketing voltadas para o Brasil e exterior, por meio da parceria com diversos órgãos, explorando o potencial da cidade.

Programação
A programação completa deve ser finalizada até o dia 15 de julho. Já estão confirmados nomes como o do professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Márcio Caetano, da primeira travesti negra a conquistar o título de doutora, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Megg Rayara Gomes de Oliveira e o do deputado federal David Miranda (Psol). Além de um festival de cinema em comemoração aos “50 anos da Revolução de Stonnewall” e o LGBTI+ Day, no dia 17 de agosto, com diversas atrações e serviços. “O evento só existe para provocar. Não é uma festinha bonitinha. Se não tocarmos nas feridas e não ajudarmos a cicatrizar, não vamos ter cumprido nosso objetivo”, destacou Marcelo.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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