UFJF sobe quase dez posições em ranking de avaliação do MEC

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) subiu no ranking do Índice Geral dos Cursos (IGC), elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC). A Universidade obteve o conceito 4, e atingiu o 91º lugar entre as instituições com o melhor resultado. Na edição anterior, realizada em 2018, a UFJF tinha ficado na 100ª posição. O levantamento inclui 2.070 instituições públicas e privadas e considera os cursos avaliados entre 2017 e 2019. A nota máxima que se pode atingir é 5.

Desse modo, a UFJF está inserida no percentual de 71% das instituições de ensino superior que alcançaram os conceitos 4 e 5 do indicador. Entre as universidade públicas federais, a UFJF passou a ser a 22ª melhor avaliada, subindo uma posição em relação à edição anterior do IGC, e é a quinta melhor universidade do estado, vindo atrás das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV), Lavras (UFLA) e Uberlândia (UFU).

Em nota, a UFJF destacou que o índice confirma a qualidade do ensino, tanto na graduação, como na pós-graduação da instituição, ressaltando que, embora a avaliação não tenha caráter classificatório, indica um aumento contínuo e se sustenta entre as melhores do estado e do país. Além disso, sensibiliza a comunidade acadêmica para a importância desse instrumento para o autoconhecimento da instituição, que colabora ao indicar o que precisa ser aprimorado, em busca da excelência.

Entretanto, a UFJF também pontuou que os cortes orçamentários que as universidades estão sofrendo podem refletir diretamente nas próximas avaliações, porque eles devem afetar o desempenho das instituições e, consequentemente, a qualidade do ensino oferecido à sociedade. Os cortes repercutem sobre as bolsas, especialmente, na graduação, o que pode ter impacto direto nas avaliações do Inep. No dia 14 deste mês, a UFJF anunciou que teve 20% de redução no orçamento, o que levou a instituição a cortar 860 bolsas acadêmicas e demitir 307 funcionários terceirizados. As políticas de manutenção estudantil também sofrerão forte retração, com diminuição dos valores, segundo o reitor Marcus David.

Como funciona o IGC

O IGC é calculado com base nos Conceitos Preliminares dos Cursos (CPC), além de conceitos de cursos de mestrado e doutorado obtidos por meio de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para o cálculo das 2.070 instituições de educação superior no IGC 2019, foram considerados os resultados do CPC de 24.145 cursos, avaliados entre 2017 e 2019, e os dados de 4.679 programas de mestrado e doutorado, oferecidos pelas instituições em 2019.

O índice faz parte dos procedimentos de avaliação de instituições de ensino, como está previsto na Lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Ele está relacionado com o ciclo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que verifica, entre outros dados, o rendimento dos estudantes que estão concluindo a graduação. Para ter o IGC calculado, a instituição deve possuir, no mínimo, uma graduação com CPC atribuído no triênio de referência do Enade. De 2017 a 2019, o exame avaliou cursos de cem áreas do conhecimento.

No cálculo do IGC 2019, além do CPC, também foram consideradas informações dos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Segundo o MEC, os resultados da edição de 2019 foram calculados, em 2021, em função de uma nova coleta de dados relacionada justamente aos programas de pós-graduação stricto sensu. Um segundo processo de coleta desses dados (Recoleta) foi adotado pela Capes ao final de 2020 e permitiu ao Inep o uso de informações mais atualizadas referentes aos programas de mestrado e doutorado ofertados pelas instituições de ensino superior em 2019.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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