Usuários avaliam oferta de transporte público em Juiz de Fora

De acordo com PJF, frota de ônibus em circulação subiu para 70% (Foto: Leticya Bernadete)

Um dia após a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) anunciar o aumento da circulação de ônibus de 50% para 70% da frota, a Tribuna foi às ruas na manhã desta quinta-feira (14) para ouvir os usuários sobre a mudança e constatou que o assunto divide opiniões dos juiz-foranos: ao passo que uns já observaram compensação no tempo de espera dos coletivos, outros não sentiram alterações significativas. O aumento no número de ônibus nas ruas ocorreu com o avanço da cidade para a onda amarela do programa Minas Consciente. Desde quarta-feira (13), os consórcios passaram a operar com 362 veículos circulando. Quando Juiz de Fora estava na onda vermelha, com redução de 50% no total da frota, havia 253 ônibus atendendo à população.

Moradora do Vila Esperança II, na Zona Norte, Tailane Alves aguardava o coletivo na Avenida Getúlio Vargas, no Centro. Ainda nesta quarta (13), ela já observou uma melhora na oferta dos ônibus, quando não precisou esperar tanto tempo para voltar para casa. “Eu pego ônibus para ir embora. Eu paro 16h30 no serviço e tinha que ficar até 18h esperando. Ontem mesmo já senti a diferença”, conta.

Já Ana Júlia Lourenço de Oliveira, moradora do São Judas Tadeu, Zona Norte, acredita que não houve diferença quanto aos coletivos que circulavam anteriormente. Atualmente, o seu bairro estaria contando apenas com duas linhas de ônibus. “Não sei se de ontem para hoje voltou, mas até onde eu sei, só o 747 e o 725 estão rodando no meu bairro. Hoje precisei esperar bastante tempo”, relata. “Eu, por enquanto, não trabalho, mas o trabalhador de Juiz de Fora que precisa não tem a disponibilidade de ônibus”, pontua.

Do Grama, região Nordeste, ao Centro da cidade, os coletivos passaram nos horários habituais, na percepção da moradora do bairro, Simone Silva. Em comparação com semana passada, a juiz-forana acredita que a disponibilidade dos ônibus “está melhor”.

Frota reduzida desde março

A redução do número de ônibus circulando se deu logo após o anúncio da pandemia, no dia 14 de março de 2020, quando o Executivo percebeu a queda da demanda após a confirmação dos primeiros casos de coronavírus em Juiz de Fora.

Paulo Sérgio da Silva utiliza o transporte público para se locomover ao trabalho, utilizando duas linhas no trajeto entre Marumbi, Zona Leste, e São Mateus, Zona Sul. Por conta da pandemia e a diminuição da frota desde o ano passado, Paulo precisou fazer adaptações no seu trabalho devido a baixa na oferta dos coletivos. “Todo dia eu chego ao serviço atrasado. Como fiz acordo com meu patrão, sábado trabalho um pouco a mais para compensar esse atraso”, diz. De ontem para hoje, ele não observou mudanças. “Em comparação às outras semanas, está da mesma forma, demorando muito”, relatou à reportagem.

No trajeto da Vila Ideal, Zona Sudeste, ao Centro, Cassiane Aparecida relatou à Tribuna que os coletivos costumam andar lotados. “Peguei (o coletivo) ontem, mas não vi nenhuma diferença ainda”, diz. “Acho que eles tinham que colocar mais ônibus”, anseia.

 

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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