Você sabia que a alergia a alimentos pode até causar a morte?

Entre os próximos dia 7 e 14 de abril, a Organização Mundial de Alergia (World Allergy Organization) e as Sociedades de Médicos Alergistas e Imunologistas realizam a Semana Mundial da Alergia. O tema escolhido para este ano foi a alergia alimentar. A campanha quer orientar a população sobre os cuidados, a explosão de casos e alertar que reações alérgicas alimentares podem até mesmo causar a morte. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), 6% a 8% das crianças abaixo de 3 anos e 2% a 3% dos adultos têm alergia alimentar. Serão distribuídos folderes e feitas palestras de conscientização.

O presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional Minas Gerais (Asbai MG), Fernando Aarestrup, é medico em Juiz de Fora. Segundo ele, o aumento no número de casos se dá, entre outros fatores, pelo estilo de vida moderna. Ele alertou que muitas pessoas apresentam sintomas, porém, não procuram médicos especialistas para se tratar adequadamente. “Podemos ter casos mais leves, com alergias cutâneas, principalmente dermatites, e casos graves agudos, com o aparecimento de urticárias e angiodema, e até mesmo reações com risco de vida, que são anafiláticas, que levam ao óbito em minutos. As pessoas, muitas vezes, têm algum sintoma, procuram um pronto socorro, tratam aquele problema e não buscam a causa.”

De acordo com ele, sinais como reações de pele, edemas de lábios, pálpebra, desconforto respiratório e até mesmo casos de obstrução de vias aéreas podem apontar para um quadro de reação alérgica alimentar. “Precisamos conscientizar a população que procure um médico alergista e imunologista. Só ele pode fazer o diagnóstico adequado e tratar o problema. Só é possível diagnosticar o agente causador por meio de testes cutâneos ou hipersensibilidade imediata e testes de contato atópico com alimentos e os de provocação oral”, alertou.

Crianças e adultos

O presidente da Asbai MG destacou que, na infância, os alimentos mais responsabilizados pelas alergias alimentares são o leite de vaca, o ovo, o trigo e a soja, que, em geral, são transitórias, menos de 10% dos casos persistem até a vida adulta. Já entre os adultos, os mais identificados são alergia a frutos do mar, peixes e grãos, como amendoim e castanhas. Segundo o médico, a alergia ao leite e a intolerância à lactose são as que mais causam confusão.

“O leite é composto por várias moléculas. No caso da intolerância, a pessoa tem dificuldade de digerir a lactose, porque não possui quantidades suficientes de uma enzima, chamada lactase. Já na alergia ao leite, o indivíduo se depara com problemas na ingestão das proteínas presentes no produto.”

O médico ainda chamou a atenção para a importância de ler os rótulos e também à possibilidade de contaminação cruzada, que ocorre quando microorganismos de um alimento passam para equipamentos e utensílios usados durante a manipulação. No site da Asbai MG há várias orientações e informações sobre alergias e um guia com médicos por cidades. Mais informações sobre as alergias no site: www.asbaimg.org.br <http://www.asbaimg.org.br>

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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