Diretor do Atlético fala de dispensas e contratações

 

Depois de 10 dias em folga, o time do Atlético-MG retorna aos trabalhos na Cidade do Galo nesta segunda-feira. Neste período, a diretoria seguiu ativa para fechar algumas decisões, principalmente na gestão do elenco. A reapresentação da equipe, por exemplo, terá o retorno de Otero, que volta de emprestimo da Arábia. Para o diretor de futebol Rui Costa, o venezuelano é tratado como “reforço”.

Mas se alguns chegam, outros saem e há nomes preparados para fazer as malas. Otero retorna acompanhado de outros dois gringos – Lucas Hernández e Ramom Martínez.

O meia-atacante Leandrinho e o lateral-direito Renan Guedes não continuarão para o segundo semestre e dão continuidade ao fio puxado por Martin Rea.

Situação semelhante vivem o lateral-direito Carlos César e o meia atacante Nathan. O primeiro tem vínculo até julho e, assim como o atleta emprestado pelo Chelsea (ING) até o último dia do mês, não sabe se fica ou se irá embora. Rui prefere ter uma conversa com os atletas antes de anunciar à torcida o destino deles.

Decisões estão sendo tomadas. Não posso dizer ainda. O Carlos merece todo meu respeito, respeito do Atlético. Pela história que tem no clube. Eu tenho que conversar com os atletas primeiro. Já comunicamos o Leandrinho e o (Renan) Guedes que não irão ficar. Fizemos isso falando pessoalmente com os atletas. Eles irão se reapresentar na segunda-feira, vamos avaliar uma série de coisas. Nosso grupo tem muitos jogadores, temos que pensar em tudo. Mas não posso antecipar nada enquanto não conversar com os jogadores pessoalmente. Tudo pode acontecer.

 Tudo no mesmo patamar. Depende de conversas. Uma série de contingências a serem consideradas. Nathan é a mesma coisa, não conversei com ele sobre isso. Temos que ter o respeito com os atletas. Irei conversar já na primeira semana de retorno. Entender cada lado para saber o que podemos construir. Dizer que está fora ou dentro dos planos é… A gente quer buscar os melhores caminhos. Vou conversar com ele primeiro para entender onde podemos chegar.

Matheus Mancini, David Terans…

– Aí é uma situação diferente, porque são jogadores com contratos longos. É outra abordagem, outra situação. Entender quanto eles esperam jogar este ano, se eles querem jogar em outros clubes. É outro tipo de abordagem, que também passa por conversar pessoal com os atletas para tomar decisão. Mas é evidente que faremos algumas mudanças. São ativos dos clubes, mas iremos buscar alternativas para que tenhamos ativos sendo expostos, grupo reduzido para tornar o trabalho mais qualificado.

Diminuição da folha e tomada de decisões

– Estamos em busca disso, qualificar os processos, de treinamento, de ativos, questões financeiras. Meu papel é esse: aprimorar processos, seja de equilíbrio financeiro, de qualidade técnica da equipe, de buscar perfis diferentes de atletas para estar dispostos ao treinador. Isso demanda mudanças, alterações, coisas que eu venho diagnosticando nesses dois meses que venho praticamente vivendo o clube 24 horas, sem família aqui, sem nada. Acho que este é o papel que cabe ao executivo do clube que chega no meio da temporada.

– Tomar decisão na primeira semana são decisões sem conteúdo. Posso até me equivocar na decisão, mas eu tomo decisão com lastro, com avaliações profundas. Com coisas que podem ser ditas, outras de foro interno do clube. Mas sempre com critérios muito claros de avaliação de questões técnicas, de conduta. É isso que eu tenho que fazer e vocês vão ver que eu vou fazer.

Retorno de emprestados: Clayton e Denílson

– Clayton volta, mas volta em meados de agosto, não é agora.

– Denílson é nada definido. Vamos conversar. Não chegou nada de propostas para nós, não basta chegar ao empresário, tem que chegar ao clube. Mas enquanto não falar com os atletas, não é justo comunicar coisas. A pergunta é pertinente, respeito o trabalho da imprensa, mas prefiro falar primeiro com os jogadores para não atrapalhar o trabalho do clube.

Hulk perde espaço…

– O Hulk, hoje, a tendência é ver alternativa para ele jogar. Conversei com ele, com o empresário dele. É um jogador que vamos buscar espaço para ele ter uma experiência fora do Atlético. Então, ele jogará 15, 20 jogos por temporada. Vai fazer ele crescer. E vamos observando.

– É um ativo. Hulk é um jogador precioso do clube. Um menino que tem muito talento. Conversei bastante com ele. Mas é aquilo que vivi em todos os clubes que passei. Às vezes, jogador da casa tem que ter “minutagem” fora, para ser uma realidade. O peso da camisa para quem é da base é muito grande. Lançar esse jogador tem que ter sensibilidade. Quando eu cheguei aqui, havia uma crise, ninguém prestava. Você coloca o Hulk, você está o que? Desvalorizando o Fábio Santos, que para mim é um dos melhores laterais esquerdos do Brasil.

…e Fábio Santos ganha concorrência

– Fábio voltou (a jogar bem) porquê? É a confiança, é a palavra do treinador, do executivo, do clube. Isso chega no jogador. Trouxemos um lateral porque eu entendo que em cada setor nosso temos que ter duas alternativas de alto nível, é assim que o Palmeiras está caminhando para mais um título, eles têm três em cada setor de altíssimo nível. Em um campeonato longo, de regularidade, faz diferente. O menino da base tem que ser a tua terceira opção, para batalhar em busca de ser a segunda e, com tranquilidade, trabalhar para ser a primeira.

Monitorando jogadores emprestados

– Eu recebo relatórios semanais, tem um profissional do clube que avalia cada jogo de atletas nossos emprestados, onde estão, como jogam, sistema tático. E vamos monitorando e aprimorando isso cada vez mais, com controle tático, material na mão do treinador. Temos que saber que um jogador nosso, por exemplo, jogando no Cazaquistão está jogando de volante, de meia e jogando bem. Então, eu não precisarei contratar um meia para o ano que vem, porque o meu meia vai voltar de empréstimo da base. Ou o contrário, vou ter que contratar porque esse meia não conseguiu jogar. É uma montagem justa de elenco.

Retorno de Otero

– Sou suspeito para falar do Otero. Eu tentei contratar ele quando eu estava no Grêmio. Ele nos enfrentou por um time da Venezuela. Ele tinha um cabelo estranho na época. Eu tentei contratá-lo, estive próximo disso porque via nele o que o Atlético viu e o mundo todo viu. Estou tratando a volta do Otero como grande contratação. Tivemos conversa com ele já, nossa diretoria o convocou, os contratos são claros e ele se reapresenta segunda-feira. Ele joga de 10, de 8, pode jogar em qualquer posição daquela linha de três. É um belo jogador. Ele tem um arremate de meia distância que poucos no Brasil tem. Isso faz muita diferença no futebol hoje. Em detalhes que se ganham um jogo.

Mercado sul-americano

– Adoro o mercado brasileiro e, por mim, contrataria muitos jogadores brasileiros. Só que o mercado brasileiro te apresenta os melhores jogadores no Flamengo e no Palmeiras. E os jovens jogadores brasileiros, e a gente tentou vários, são 8 milhões de euros, 10 milhões de euros, 5 milhões de euros por 40%. Os jogadores que podem vir a jogar no Atlético, são caros, no Brasil. Então, buscamos alternativas, criatividade no mercado que te proporciona, por exemplo, Vamos num jogador do Peñarol, jogador importante no Paraguai, ou na Argentina. É um mercado com preços mais razoáveis. Só ver a seleção uruguaia jogando, a própria seleção sub-20 do Equador (semifinalista do mundial da categoria).

Propostas para venda?

– Não chegou nada para nós. Absolutamente nada. Eu não trabalho com suposições, com hipóteses. Chegou documento timbrado, com assinatura do presidente do clube, eu levo imediatamente ao meu presidente para discutir. O importante é segurar os jogadores aqui, equipe forte para um segundo semestre que pode ser histórico para nós.

Guga e Galatarasay?

– Não tem nada não, não tem nada.

 

Postado originalmente por: TV Candides

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