Gaeco investiga compra de votos em Araguari na Operação Voto Livre

Durante a manhã deste sábado, 14 de novembro, o Ministério Público Eleitoral de Araguari, com o apoio do GAECO de Uberlândia/MG deflagrou a OPERAÇÃO VOTO LIVRE, na cidade de Araguari. A investigação apura a compra ilegal de votos de eleitores da cidade, praticada por partidos políticos e candidatos, por meio da simulada contratação de pessoas para trabalharem como fiscais nas eleições municipais.

Segundo a apuração, alguns candidatos e partidos políticos estariam captando ilegalmente votos de eleitores por meio de pagamentos que simulavam a remuneração por suposto trabalho como fiscais nas eleições. A prática, além de imoral, é prevista como crime pela legislação eleitoral (artigo 299 do Código Eleitoral), com pena cominada de até 4 (quatro) anos de prisão, além de configurar infração cível-eleitoral do artigo 41-A da Lei das Eleições. Além disso, a investigação do Ministério Público Eleitoral aponta que alguns candidatos estariam prometendo ajudas e benefícios em troca do voto de eleitores, inclusive no que tange a serviços públicos essenciais, como na área da saúde. A investigação indica, ainda, que um dos candidatos estaria usando seu cargo público para intervir em favor de eleitores, com nítido interesse eleitoreiro, com o fim único de angariar votos de forma ilegal e abusiva nas eleições municipais que acontecerão amanhã, dia 15 de novembro. A operação, portanto, foi realizada com o objetivo de produzir provas dos ilícitos em investigação em trâmite perante o Ministério Público. Assim, estão sendo cumpridos 09 (nove) mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral, os quais se destinam a comitês eleitorais e residências de alguns candidatos e de pessoas envolvidas nas campanhas. Ademais, a operação conta com a participação de 02 (dois) Promotores de Justiça e de 34 (trinta e quatro) policiais militares, sendo que todos os mandados cumpridos foram na cidade de Araguari/MG, ocasião em que um candidato foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Os materiais arrecadados serão objeto de análises e perícias a serem realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, regional Uberlândia, com o intuito de obtenção de provas dos crimes cometidos pelos investigados.

Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa

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