Garoto que sonhava ser jogador e teve perna amputada por linha chilena recebe alta, em MG

Gabriel recebeu a visita da modelo que, também perdeu a perna em um acidente na Raja Gabáglia, em 2014, e do fisioterapeuta que irá doar prótese a ele

O garoto Gabriel Lucas Alves, de 15 anos, que teve uma perna amputada em decorrência de um ferimento causado por linha chilena, recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo, 28, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.

O menino se emocionou com uma homenagem organizada por dezenas de amigos, companheiros de time de futebol e familiares. Sob gritos de “Feijãozinho guerreiro”, em referência a seu apelido, o menino que sonhava em ser jogador de futebol não se conteve e foi às lágrimas em frente à unidade de saúde. No dia 7 de agosto ele vai tirar os pontos e, a partir daí, já começa o trabalho de reabilitação para colocar a prótese.

Gabriel ganhará uma prótese do fisioterapeuta Fabrício Daniel de Lima, de 42 anos – profissional que atende a modelo mineira Paola Antonini, que perdeu uma das pernas em um acidente na Raja Gabáglia, em 2014.

O acidente

Gabriel foi atingido pela linha chilena, usada para empinar pipa, quando voltava do treino de futebol, caminhando pela Avenida José Inácio Filho, em Betim. Ele treinava futebol no clube São Cristóvão.

Segundo o irmão de Gabriel, populares que passavam pelo local viram que havia uma pipa e a linha estava suspensa na rua quando um ônibus passou e ela ficou presa no escapamento. Ao se mover junto com o ônibus, a linha atingiu a perna do adolescente e deixou graves ferimentos.

Internado, o garoto teve complicações que culminaram na amputação da perna esquerda da vítima, acabando com o sonho dele de se tornar jogador profissional.

Desde então ele vem recebendo apoio de atletas paralímpicos, que já anseiam que ele integre a equipe.

Linha mortal

A linha chilena é vinte vezes mais cortante que um bisturi. Ela é tão potente pois recebe camadas de óxido de alumínio. Assim como o cerol, a linha chilena foi proibida há 17 anos em Minas Gerais. Lei de julho de 2002 prevê multa de até R$ 1.500 para quem portar o material. Além disso, segundo a Polícia Civil, o Código Penal qualifica o uso como crime passível de prisão.

Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa

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