Júri popular condena assassinos que mataram grávida para roubar bebê, em Ituiutaba

Greiciara Belo Vieira tinha 19 anos e estava consciente durante o crime bárbaro – Foto: Reprodução / Álbum de Família

Um crime em Ituiutaba-MG que chocou todo o Brasil no ano de 2016 teve desfecho na madrugada desta sexta-feira, 22 de fevereiro, quase 3 anos depois. A morte cruel da jovem Greiciara Belo Viana, de 19 anos, que estava grávida e foi morta após ter o bebê arrancado da barriga e roubado, finalmente teve o julgamento de todos os réus concluído. Eram ao todo seis pessoas indiciadas por homicídio quadruplamente qualificado e cinco delas foram condenadas.

Depois de quase 19 horas, entre os quatro réus julgados nesta quinta-feira, 21, um foi absolvido: Luiz Felipe Morais. Foram condenados:
– Shirley de Oliveira Benfica – mandante – 33 anos e 7 meses de prisão
– Jacira Santos Oliveira – Enfermeira – 28 anos e 3 meses de prisão
– Michel Nogueira Oliveira – 25 anos e 9 meses de prisão

Os outros dois envolvidos foram condenados no dia 27 de julho de 2017, em um julgamento que durou aproximadamente 10 horas.

A travesti Lucas Matheus Silva, de 23 anos, conhecida como Mirela, pegou 19 anos e 8 meses de prisão. Já Jhonatan Martins Ribeiro de Lima, de 25 anos, foi condenado a 25 anos e 9 meses.

Os cinco condenados foram enquadrados no crime classificado como homicídio quadruplamente qualificado: homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e subtração de incapaz.

A morte de Greiciara e roubo do bebê

Greiciara Belo Viana, de 19 anos, estava grávida de oito meses e morava em Uberlândia com a família. No dia 19 de agosto de 2016 foi atraída pelos criminosos para a cidade de Ituiutaba, onde ganharia um enxoval para o bebê. O corpo foi encontrado boiando em uma represa em Ituiutaba após dois dias depois do desaparecimento da vítima. Os réus contaram como tudo aconteceu e, a cada relato, o choque era maior, tanto para os expectadores, quanto para os integrantes do júri popular e até mesmo os investigadores e autoridades.

A jovem foi apenas sedada com éter, amarrada a uma árvore e submetida a uma cesariana clandestina, sem anestesia. Em vários momentos do procedimento criminoso ela esteve acordada e sentindo todas as dores. Após ter a filha retirada da barriga, os envolvidos colocaram pedras dentro do abdômen aberto e a enforcaram e mergulharam na represa até que morresse. O corpo foi amarrado com uma tela de arame e jogado na água.

Shirley de Oliveira Benfica, a mandante do crime, precisava de um bebê para comprovar uma falsa gravidez que inventou para sustentar o relacionamento com o namorado.

A menina foi encontrada na casa da babá contratada por Shirley, em Uberlândia. Após exame de DNA a menina foi entregue à avó materna, Andreia Maria Belo, que deu o nome de Alícia Marianny à netinha.

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Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa

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