Mais de 60 pessoas são indiciadas por envolvimento na entrega de drogas e celulares em penitenciária

(Imagem: Polícia Civil/Divulgação)

Nesta sexta-feira, 2, a Polícia Civil (PC) finalizou a 2ª Fase da Operação Sem Maldade, que investigou uma quadrilha envolvida na entrega de materiais ilícitos para detentos do Complexo Penitenciário Nossa Senhora do Carmo, em Carmo do Paranaíba. Agentes penitenciários, professores do presídio, presos e familiares de detentos foram indiciados, sendo 65 pessoas no total.

O caso começou a ser investigado no início de 2016. Policiais apuraram que professores e agentes penitenciários recebiam R$1 mil para entregar celulares e drogas para detentos. Familiares de presos auxiliavam os envolvidos a passar no raio-x sem que os materiais fossem detectados. Três presidiários chefiavam a quadrilha e pegavam os materiais ilícitos durante as aulas. Em seguida, os itens eram vendidos no complexo para outros presos no valor de R$4 mil por aparelho e R$1 mil por 50 gramas de maconha.

Na época, uma professora foi presa em flagrante tentando entrar no presídio com entorpecentes e 13 celulares escondidos em um fundo falso do capacete. A mãe de um detento também chegou a ser presa ao tentar visitar o filho em posse de maconha. Foram realizadas buscas na casa da família e vários depósitos bancários para o preso foram encontrados.

O inquérito foi concluído e 65 pessoas foram indiciadas por envolvimento na quadrilha. Durante a operação, uma arma de fogo e mais de 35 celulares foram apreendidos.

O caso foi encaminhado para Justiça.

O V9 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e aguarda posicionamento. Foram feitas tentativas de contato por telefone no Complexo Penitenciário Nossa Senhora do Carmo, mas as ligações não foram atendidas.

Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa

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