O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai acompanhar o inquérito da Polícia Civil que investiga ataques a jornalistas em Belo Horizonte. Na última quinta-feira, 14, tapumes ao lado do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul da capital, amanheceram pichados com ameaças aos profissionais da imprensa. Nesta sexta-feira, 15, em parceria com artistas voluntários, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais transformou o espaço com grafites em homenagem aos trabalhadores da saúde.
De acordo com o MPMG, o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, designou os promotores Patrícia Medina Varotto de Almeida, Marcelo de Oliveira Milagres, Paulo Roberto Santos Romero e Pablo Gran Cristófaro para acompanharem o trabalho de apuração da Polícia Civil sobre o fato.
Segundo nota do MPMG, Tonet afirmou que a instituição “repudia toda e qualquer forma de ameaça contra os profissionais de imprensa” e vai empenhar “todos os esforços para que os autores sejam identificados, processados e punidos na forma da lei’. O procurador-geral de Justiça disse, ainda, que os atos de violência contra jornalistas “constituem deploráveis ataques ao próprio regime democrático, valor universal dos povos civilizados”.
Os tapumes ao lado do HC haviam sido pichados com frases como “mate um jornalista por dia”, “jornalista bom é morto” e “colabore com a limpeza do Brasil: mate um jornalista”. O sindicato que representa a categoria acionou a Polícia Civil, que investiga o caso.
Após o registro da ocorrência, as ameaças foram apagadas e, com a ajuda dos artistas Rodrigo Astro, estudante de jornalismo, e Lucas Bong, estudante de direito, o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais deu uma nova cara aos tapumes. Eles ganharam, agora, as frases “viva a vida”, “gratidão aos profissionais da saúde”, uma “homenagem dos jornalistas que resistem”.
Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa
