Barragens de três cidades mineiras vão passar por obras para conter lama

A Vale anunciou que vai realizar obras de contenção em três barragens de Minas Gerais até fevereiro de 2020. Segundo a mineradora, as estruturas de Macacos, distrito de Nova Lima, na região Metropolitana de Belo Horizonte e Itabirito e Barão de Cocais, na região Central, vão passar pelas obras pelos próximos cinco meses para que as mais de 1,2 mil pessoas que foram retiradas de suas casas possam voltar às residências.

Estas obras fazem parte do pacote de descaracterização que a mineradora vai realizar em nove estruturas com um investimento de R$ 7,1 bilhão. Nas três barragens a Vale deve destinar R$ 1,5 bilhão deste valor.

A informação foi divulgada pela empresa na tarde dessa terça-feira (24), em coletiva. A Vale ainda repassou o Plano de Desenvolvimento de Territórios de Impactados nas três cidades.

A população foi retirada como medida de proteção e deve voltar dentro deste prazo, porém aqueles que moram entre a barragem e os muros de contenção só devem retornar após o descomissionamento das estruturas que deve demorar até cinco anos.

Familiares das vítimas participaram de reunião na ALMG e cobraram o pagamento de indenizações

Durante a coletiva na última terça-feira, a Vale informou que após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão foram idealizados dois balanços de ações de compensação. Um determinava que os rejeitos da barragem de Brumadinho não contaminassem o Rio Paraopeba.

Ainda segundo a mineradora, ações vão ser realizadas nos eixos de mobilização, geração de ideias, empoderamento e execução de projetos com um investimento de R$ 190 milhões pelos próximos três anos.

A empresa deve realizar limpeza e desassoreamento do rio São João e disponibilizar equipamentos para hospitais de Barão de Cocais. Já em Itabirito, a empresa deve construir uma academia aberta e realizar reformas em bens públicos.

No distrito de Macacos, a Vale vai realizar ações para incentivar o turismo local. Esta foi um dos questionamentos da população do distrito de Nova Lima. Na última semana, em reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Raul Franco, da Associação Comunitária de Macacos, afirmou que após o anúncio de possível rompimento da estrutura o turismo caiu na região. “A gente precisa de ações perenes durante um bom tempo para conseguir recuperar a nossa imagem”.

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