Carnaval em Minas registra queda de crimes violentos, mas apresenta aumento de homicídios

Forças de segurança que esperam aprovação do projeto sobre a recomposição salarial por parte do governo trabalhou sem folgas durante os dias de folia 

Somente em BH, mais de 5 milhões de foliões foram às ruas

O carnaval de 2020 apresentou um saldo positivo, segundo as forças de segurança de Minas. Os órgãos que trabalharam de forma integrada apontaram que houve queda no número de crimes violentos em 27,6%. O único aumento foi nos registros de homicídios com 13 a mais do que no ano passado. Neste carnaval foram 54 ocorrências. Conforme anunciado coletiva realizada na manhã desta terça-feira (3), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Também houve queda nos registros de furtos e roubos de celulares. Conforme dados, em comparação com o ano passado, a redução foi de 23,6%. Os aparelhos roubados foram desabilitados, segundo o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Mário Araújo. “Conseguimos bloquear 629 aparelhos e para o ano que vem, queremos bloquear ainda mais”.

O governador Romeu Zema (Novo) também participou do início da coletiva e afirmou que a proibição de alguns blocos que desfilariam no carnaval foi por medida de segurança. O coronel do Corpo de Bombeiros, Edgard Estavo comentou que a corporação realizou mais de 460 encontros com representantes e organizadores dos trios para adequá-los às medidas de proteção e segurança. “Temos uma série de normas técnicas que tratam de eventos temporários, de baixo risco, de risco mínimo. E nos fizemos, desde 2017, uma instrução técnica específica para blocos de carnaval e nós não construímos sozinhos, nós fizemos essa instrução com os principais representantes que são os organizadores dos blocos”, declarou.

Ainda de acordo com o comandante, apesar da polêmica em torno da questão, Corpo de Bombeiros e os responsáveis pelos trios souberam fazer um carnaval mais seguro, já que foram realizadas somente quatro interdições no estado.

Em Minas Gerais, 2.274 blocos e eventos de rua foram realizados entre 8 de fevereiro e 1 de março.

Aumento para segurança

Sem responder questionamentos da imprensa, o governador Romeu Zema (Novo) deixou o local, porém o secretário de Justiça, Mario Araújo, foi indagado sobre o projeto do reajuste inflacionário que está nas mãos do Executivo desde que foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no último mês. O projeto de autoria do governo estabelece um reajuste escalonado de 41,7% para a segurança, gerando uma conta de R$ 9 bilhões até 2022.

O secretário declarou que o projeto é referente a uma negociação da categoria com o governo de Minas no ano passado, mas que cabe ao Zema decidir ou não pela aprovação.

Este projeto tem gerado polêmica desde sua tramitação na Assembleia. Servidores pediram que o governo desse o mesmo tratamento da segurança aos demais trabalhadores, sendo assim, deputados aprovaram também uma emenda que prevê que este reajuste seja direcionado a todos os servidores. Os dois projetos aguardam aval do governador.

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