A diferença entre cerol e linha chilena

Com poder de corte quatro vezes maior que o cerol, o uso da linha chilena têm causado tragédias e ceifado a vida de pessoas inocentes. Só no ano passado, foram mais de 20 pessoas vítimas da linha chilena, enquanto em 2018 mais de 30 pessoas se acidentaram com o acessório.
Enquanto o cerol é fabricado com uma mistura que pode ser feita com cola e pó de vidro ou cola e pó de ferro, a linha chilena é fabricada industrialmente e seu poder de corte é tão elevado pois à linha original são adicionados pó de quartzo e óxido de alumínio. Assim como o cerol, pode cortar metal e fiações elétricas.
O acidente com os artefatos tem o poder de causar sérias lesões. Se o resgate de uma pessoa ferida por linha chilena, cerol ou qualquer subtipo destas não acontecer de forma rápida, é possível que o sangramento excessivo leve à morte. As regiões do corpo em que as vítimas costumam ser atingidas são pescoço e pernas, áreas onde há bastante circulação de sangue.
– Nas pernas temos a veia safena e a árteria femural, se cortadas elas podem expulsar muito sangue. O mesmo acontece com o pescoço, por onde passam a carótida e a jugular. Se cortadas, ocorre perda muito grande de sangue em poucos minutos. Outro risco para motociclistas é que ao se chocar com a linha, estando em alta velocidade, ela fica presa na região do pescoço e, com o atrito, causa cortes ainda mais profundos – descreve o tenente Herman Ameno, do Corpo de Bombeiros.
Nas redes sociais pessoas compartilham vídeos em que mostram o poder de corte de suas linhas e até gravações onde dão indicações de onde conseguir comprar a melhor linha e as misturas que as tornam mais poderosas.
Vídeos assim são publicados por canais com conteúdos voltados para quem gosta de empinar pipa. Muitas das gravações contabilizam mais de 100 mil acessos e centenas de comentários em que usuários da rede trocam dicas e se aconselham sobre o tema.

Postado originalmente por: VinTV

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