CMS afirma que Hospital Universitário pode deixar de atender casos de Calazar e HIV

Foto: Unimontes

Se a afirmação do Conselho Muncipal de Sáude for procedente, Montes Claros e o Norte de Minas podem deixar de contar com apoio fundamental no combate a Leishmaniose (doença do calazar) e o HIV nos próximos meses.Segundo denúncia feita pelo Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros, Joaquim Francisco Lima a superintendente do HUCF – Hospital Universitário Clemente de Farias – Priscilla Izabela Menezes encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde para retirada da referência da entidade no tratamento as duas infecções. O ofício foi encaminhadoi no dia 17 de Janeiro.Segundo Joaquim, o motivo seria falta de médicos infectologistas para a instituição.- Ela, a Priscilla, alega que o hospital teve dificuldade em contratar infectologista. Mesmo após aberto o chamamento público não apareceu candidato a vaga – afirma.Joaquim Lima informou que o conselho se reunirá ainda no início do mês de Fevereiro para avaliação do problema.- Nós não podemos admitir fechamento de serviços do SUS, a população quer mais serviços e não quer que prestadores fechem portas. Não existe uma legislação específica para estes casos mas o Conselho, como instância do controle social, vai fazer o possível para que o prestador 100% SUS continue como referência não só para Montes Claros mas para toda macrorregião – explica.
A direção do HUCF desmente a afirmação do Presidente do Conselho Municipal de Sáude.Por meio de nota, o hospital esclareceu que mantém o atendimento aos casos de Leishmaniose.”O Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), esclarece que mantém todos os atendimentos legalmente pactuados com a SMS; que cumpre e cumprirá com todos os contratos vigentes com a Secretaria de Municipal de Saúde.No caso específico da Leishmaniose, o atendimento é via Pronto-Socorro conforme o perfil do paciente e seguindo a classificação de risco e as normatizações relacionadas, de acordo com o Protocolo de Manchester. Informamos, ainda, que não há pactuação ou cadastramento específico de leitos para casos de Leishmaniose no âmbito do HUCF. Portanto, não há como descredenciar algo que jamais foi credenciado, como chegou a ser divulgado erroneamente.”O hospital ainda esclareceu que as questões de credenciamento são de responsabilidade do município e não da entidade.”Reforçamos que foge da competência do Hospital discutir credenciamento ou reorganização de rede, função esta que é do município e de outros órgãos.O HUCF destaca que sempre se pautou pela transparência, ética e compromisso com a qualidade do atendimento, assim como com a divulgação correta dos fatos, da mesma forma que garante a plena assistência à população dentro de suas possibilidades.” – finaliza a nota.
HUCF atende pelo SUS todo o Norte de Minas
O HUCF é eminentemente público e dedica 100% da sua capacidade instalada ao Sistema Único de Saúde – SUS, o que garante atendimento gratuito à população.  Possui 172 leitos hospitalares e 10 leitos de internação domiciliar (HU em Casa).
O HUCF tem como principais referências o atendimento aos portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST’s, dentre elas, a AIDS, casos de tuberculose, o atendimento à gestante de alto risco, mordeduras de cães, gatos e outros animais; acidentes causados por animais peçonhentos, vítimas de violência sexual e intra-familiar, UTI Neonatal e Pediátrica; tratamento clínico em infectologia e pneumologia; leishmaniose visceral e cutânea; e ginecologia/obstetrícia.

Postado originalmente por: VinTV

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