Garantia Safra vai injetar mais de R$ 100 mil em Mirabela

143 agricultores familiares cadastrados de Mirabela foram contemplados para receber o Garantia Safra, ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e é voltado para os pequenos produtores localizados na Região Nordeste do país, Norte de Minas Gerais, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha e na área Norte do estado do Espírito Santo, que sofrem a perda de safra por motivo de seca ou excesso de chuvas. No Norte de Minas, outras nove cidades foram beneficiadas.

“No caso de Mirabela o único e exclusivamente critério é a escassez hídrica. Depois de escolhidos, são selecionados 20% deles para fiscalização de situação. O técnico da Emater-MG vai até as propriedades para fazer a vistoria. Em 2008 quando implantado na cidade eram apenas 40. Hoje triplicamos o número de adeptos”, afirma Alex Sandro Alves, servidor público da Prefeitura de Mirabela cedido para a Empresa de Assistência Técnica Rural.

Porém, Adalto Aquino, Coordenador do Garantia Safra, afirma que o número de produtores seria maior cidade, se cada agricultor pagasse o valor de contrapartida dele exigido pela Legislação vigente.

Em 2019, são R$ 118.150 mil injetados no Município, o que “aquece a economia como um todo, pois é movimento em supermercado, lojas de implementos agrícolas. É um valor importante para toda a cidade”, descreve o Prefeito Luciano Rabelo.

A indenização de R$ 850 será paga nas mesmas datas definidas pelo calendário de pagamento de benefícios sociais da Caixa Econômica Federal.
Os recursos são originados contribuições do agricultor, do município, do Estado e da União. A portaria nº 1.161 legitima o pagamento foi publicada pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no dia 15 de março.

Laudos rurais

A partir da construção dos laudos, que terminaram dia 17 deste mês, é possível construir um diagnóstico da agricultura familiar em Mirabela. Os documentos foram produzidos por Alex Sandro, Annete Rabelo e o vice-prefeito Jorge Carlos.

“Temos duas realidades distintas em Mirabela. Onde é mais úmido, a agricultura é diferenciada, como na região do Riachão que tem água; já na área do Muquém, que é mais seca, o solo, por exemplo, precisa de mais adubação. Os laudos indicam que necessidade de implantação de novas tecnologias”, afirma Alex.
Para ele, dá para se ter um real mapeamento dos problemas do Município, pois a cada ano agrícola são definidos agricultores diferentes.

“Agora mesmo podemos ver que há necessidade de correção do solo, criação de curva de nível, rotação de cultura e adubação verde. Complicado é que a cada analise de solo, por exemplo, o custo é alto. O valor mínimo cobrado no mercado é de R$ 70”, afirma.

Agricultura familiar

A adesão ao programa é para agricultor onde foi detectada alguma perda de, pelo menos, 50% da produção de algodão, arroz, feijão, mandioca ou milho.
Em Mirabela, são 1567 agricultores familiares cadastrados na Emater. Segundo Annete Rabelo, nem todos são atendidos pelos programas. No ano passado, foram assistidos 797 agricultores, 200 mulheres rurais, 80 estudantes rurais e dez outros produtores. Na cidade a produção gira em torno de produção de frango, artesanato, milho, hortaliças. A extensão territorial é de 720 quilômetros quadrados.

Um dos agricultores beneficiados é o Jackson Lopes Fonseca [foto], da Comunidade do Retiro. Ele planta milho, mandioca e feijão. Desanimado com a pouca chuva que ocorre no sertão, muda o ânimo diante da possibilidade da chegada do recurso.

“Vem numa boa hora. A minha produção é pouca, falta chuva, sobram perdas, pois ficamos tempos sem chuva. Para mim, é ótimo, é excelente o dinheiro e eu compro cesta básica e rende para um bocado de coisa”, afirma Jackson.

Postado originalmente por: VinTV

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