Montes Claros: Professores entram em greve

O início das aulas que estava previsto para o dia 10 de fevereiro, próxima segunda feira, parece estar mesmo comprometido. Em assembléia realizada na tarde desta quarta, 05, na capital mineira, os professores do estado decidiram iniciar greve por tempo indeterminado na rede estadual.

Os trabalhos serão paralisados a partir do dia 11 de fevereiro, terça-feira, um dia depois da data marcada para o reinício das aulas. Geraldo Costa, diretor do SindUte (Sindicato dos professores) em Montes Claros e região explica qual o motivo da decisão dos docentes:

– Os professores reivindicam o pagamento do 13º salário aos servidores, assim como o cumprimento do piso salarial. Ambos não pagos pelo governador Romeu Zema, Décimo terceiro salário  para parte  dos trabalhadores,  piso salarial estamos tendo um prejuízo de 750 – explica. Segundo Costa, as matrículas on-line estão acarretando demissões e remoção de diversos trabalhadores, mesmo depois de suas designações.

– As matrículas On-line está retirando o emprego dos trabalhadores. Também houve  remoção depois  das designações que foram realizadas e ainda temos o grande prejuízo do governo que foi aauentar a alícota  da previdência de 11 por cento para até 22 por cento, o que vai acarretar um desfalque muito grande nos pagamentos – afirma Geraldo Costa.

Outra reivindicação da classe é contra o Congelamento da Carreira dos professores, decidido pelo Governo. Apontada como única alternativa para o governo de Minas, a adesão ao regime de recuperação fiscal pedida pelo governador Romeu Zema (Novo) pode deixar os cerca de 600 mil servidores públicos de Minas Gerais seis anos sem aumento salarial, caso se concretize.

Segundo o governo estadual, esta é uma exigência do poder federal para tirar o país da crise. Os professores não concordam. Com a decisão do estado, Minas deixará de pagar  cerca de R$ 500 milhões de serviço da dívida e ainda terá empréstimo de R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões com juros baixos por parte da União.

Reunião em Montes Claros
Todos os professores estão sendo convocados para uma reunião nesta quinta feira, 6, as 17 horas na sede do SindUte em Montes Claros, na rua Rua Juca Prates, 1358, no Bairro Morrinhos:

– Repassaremos as decisões tomadas pela assembléia em Belo Horizonte e quais as ações que realizaremos a partir do dia 11, quando as aulas serão paralisadas. Essa é a hora de lutarmos por nossos direitos – afirma.
Por meio de nota, a SEE (Secretaria de Estado de Educação) respeita a decisão dos professores e quer manter o diálogo.

“A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação do Estado e reitera que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais. Várias agendas foram realizadas, ao longo de 2019, com os representantes das entidades sindicais e do Governo do Estado nas quais assuntos da área da educação foram debatidos. A SEE/MG reforça que os canais de diálogos continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e debatidas.
Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) informa que vem recebendo e dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias. Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento e pôr fim ao parcelamento de salários por seis meses, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio. A Seplag informa ainda que a remuneração inicial na rede estadual é de R$ 2.135,64 para a carga horária vigente de 24 horas semanais. Considerando a proporcionalidade sobre o valor do vencimento básico, equivale a R$ 3.304,23 para uma jornada de 40 horas, atendendo à legislação nacional”.

Postado originalmente por: VinTV

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